Texto: Isabel Almeida
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A conjuntura económica Portuguesa dos mais recentes meses não tem sido favorável, diriamos mesmo que começam a vir à luz do dia anos e anos de vidas artificiais, construidas à pressa sobre os frageis alicerces do crédito desenfreado.
Neste momento, são evidentes os sinais de pobreza, mesmo naquela que até há pouco tempo, era considerada a classe média. Há famílias em falência, sem dinheiro para garantir as necessidades básicas dos seres humanos numa sociedade dita democrática e civilizada: alimentação, habitação e vestuário.
Ao nível político, o Estado encontra-se submetido às orientações e verificações da já tristemente célebre Troika, enviada pelo FMI, como garante do bom uso de resgates prestados a Portugal, e do zeloso cumprimento de uma austeridade que apenas vem penalizar ainda mais os que já estão em dificuldades.
Na verdade, não nos parece que, salvo o devido respeito, estejam a ser tomadas as medidas mais adequadas, ao restringir rendimentos, aumentar impostos, o que asfixia o consumo e o desemprego aumenta exponencialmente - aliás já nem existe aquele velho chavão de encontrar um "emprego para a vida".
A nosso ver, mal se compreende que continuem a vir a público notícias como a aquisição de veículos de alta cilindrada para titulares de cargos políticos, ou a contratação milionária de motoristas. Pensamos que a moralização das despesas públicas e a sua redução na verdadeira acepção da palavra seria o caminho a seguir, mas continuamos a ver uma politica de austeridade que diriamos ser selectiva, pois segue apenas no sentido habitual.
Não vemos uma luz ao fundo do túnel.