Texto e Fotos: Madalena Condado com Nova Gazeta & Diário do Distrito | Direitos Reservados
No passado dia 11 de novembro, estive à conversa com o escritor Amílcar Monteiro na FNAC do Colombo. Tinha curiosidade em conhecer este novo autor do panorama nacional humorístico, felizmente acedeu encontrar-se comigo e só posso dizer que foi uma tarde muito bem passada. Quis saber o que o motiva para escrever, mas principalmente queria que me falasse em primeira mão de projetos futuros.
Contou-me que é filho único, que aos seis anos tirou o seu primeiro curso de escrita, leitor fervoroso de tudo desde as embalagens do leite até aos grandes clássicos literários, licenciado em Psicologia, terminada a universidade começou a frequentar cursos que o levariam à sua atual forma de escrita, inicialmente com o curso de escrita humorística de Ricardo Araújo Pereira e posteriormente das Produções Fictícias.
Faz stand up comedy, é praticante de artes marciais possivelmente para se poder defender de uma piada menos conseguida. Contudo para ele o mais importante continua a ser a sua forma de se relacionar com o mundo, onde o humor tem que estar sempre presente. E apesar de exercer diariamente a sua profissão de neuropsicólogo clínico, consegue desde 2007 escrever regularmente no seu blog bem como em diversos sites.
Considera “Não se brinca com coisas sérias” o seu livro “zero”, a sua forma de aprendizagem após sete anos de escrita e revisão, onde junta os seus melhores contos humorísticos.
Porém o Aclamado Autor Amílcar Monteiro consegue fazê-lo com uma classe somente digna das grandes mentes deste século como o futuro próximo o confirmará.
Foi-me ainda dito que contou com a ajuda de uma amiga na criação da capa, e a verdade é que não poderia ser outra.
Coloquei-lhe três questões.
Comecei por perguntar-lhe como se descreveria.
Confessou-me que se considera um tipo normal que gosta de escrever, especialmente humor, e que sempre que o faz tenta que seja algo refrescante, que surpreenda o leitor.
Como classificaria a sua escrita.
Disse-me que está demasiado envolvido na sua escrita para a conseguir descrever. Necessitaria de distância para fazê-lo. Que se limita a escrever da forma que lhe parece mais clara para conseguir passar as suas ideias aos leitores “ideia que, normalmente é um disparate”.
E para finalizar onde pensava estar daqui a um ano.
Por essa altura gostaria de estar a publicar o seu segundo livro ou até mesmo com esse segundo livro já publicado.
Acredito que esse seu último desejo se concretize possivelmente antes desse ano passar e confesso que o gostava de ver em breve com um programa seu. E isso não é de todo impossível afinal bem sabemos que diariamente surgem novas promessas nas mais diversas áreas e Amílcar Monteiro tem tudo para ser uma dessas pessoas que nos contagia com o seu humor acutilante e nos faz rir.
Aconselho que leiam o seu livro e que sintam em primeira mão como ele vos conseguirá surpreender.
Só me resta agradecer-te Amílcar pela fantástica conversa e desejar-te muita sorte na realização de todos os teus projetos. Da minha parte fica um até breve ansiosa pela sequela do “Não se brinca com coisas sérias”.
E porque tal como tu acredito que a nossa sorte somos nós que a fazemos gostava de acabar com um dos teus pensamentos incluídos no livro apesar de ter a certeza que no teu caso será sempre com casa cheia. “Nos casinos da Rússia a mesa da roleta está sempre vazia”