A iniciativa partiu da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal que reuniu mais de uma centena de veículos na passada quinta-feira e realizou uma marcha de proposto para a requalificação urgente da Estrada Nacional 4 que liga Passil a Pegões
“Queremos obras urgentes já” ou “estamos fartos de promessas”, foram as palavras de ordem que mais se ouviram na manhã da passada quinta-feira na marcha lenta que ligou os 25 quilómetros de uma estrada que para Avelino Torres, responsável pela Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, é urgente que a obra comece dentro de pouco tempo.
Os autarcas das freguesias de Santo Isidro e Pegões, Marateca e Poceirão e de Canha estiveram de mãos dadas neste protesto que junto mais de uma centena de veículos – entre veículos ligeiros de passageiros e máquina agrícolas – tudo serviu para protestar ao longo dos 25 quilómetros de uma estrada que está visivelmente danificada pelo pesado tráfego que se faz por ali todos os dias.
“Esta é uma das estradas com maior tráfego, pois é por aqui que passam milhares de viaturas pesadas e ligeiras para entrar em Lisboa” disse Avelino Torres que lamenta que o anterior governo não tenha dada a devida atenção a uma via que é a porta de entrada e saída da área metropolitana de Lisboa.
A marcha que durou mais de duas horas e congestionou todo o trânsito, percorreu as zonas do concelho do Montijo, mais rural como Santo Isidro e Pegões e parte da concelho de Palmela, na freguesia de Poceirão.
Uma marcha que não desmobilizou depois de um dia antes o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d`Oliveira Martins, ter estado no local com o presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, e de ter adiantado à comunicação social que acompanhou esta visita relâmpago do governante, de que as obras vão iniciar em novembro de 2016 e vão ter um prazo máximo de fim de obra de um ano.
Uma obra que vai custar ao Estado Português cerca de 4 milhões de euros, o governante que visitou o local prometeu a Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo que “estão a ser ultimados os projetos para avançar com uma obra prioritária”.
Deputados do PCP e BE solidários com os manifestantes
No fim da marcha que terminou no parque do restaurante Montalegre, na freguesia de Poceirão, os deputados da Assembleia da República, Bruno Dias, do PCP e Sandra Cunha do Bloco de Esquerda, esperavam os manifestantes.
Bruno Dias adiantou ao Diário do Distrito que “estamos aqui hoje para demonstrar a nossa solidariedade para com estes homens e mulheres que estão a lutar por uma obra que já devia de estar concluída à longos anos”, prosseguindo “sabemos que os projetos existem mas que foram guardados na gaveta pelo governo anterior que nada fez para que esta obra fosse prioritária, estamos convictos que a obra vai arrancar esperamos que sim”.
Sandra Cunha do BE salientou que a sua presença também se prende pelo apoio e solidariedade de todos que se uniram nessa manhã e desfilaram demonstrando o seu descontentamento por uma obra que nunca saiu do papel.
“É importante que a população reaja assim para que o Governo possa colocar em marcha a obra que é prioritária para todos nós e o Bloco de Esquerda está ao lado destes lutadores que aqui estão hoje e que de forma ordeira exprimiram o seu descontentamento”, disse a deputada do BE.
Artigo Publicado em Parceria com Diário do Distrito
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