segunda-feira, 24 de abril de 2017

"SOB OS CÉUS DO ESTORIL" | Lançamento do livro de MARIA JOÃO FIALHO GOUVEIA

Numa excepcional tarde proporcionada pela editora 20/20 representada neste lançamento por Leonor Bragança. Maria João Fialho Gouveia começou por agradecer a todos os presentes aproveitando para explicar o seu primeiro livro de ficção baseado em factos reais em tempos de guerra onde os espiões dos dois eixos faziam do Estoril o seu palco neutral.

Inês Serra Lopes, cujos pais são padrinhos da autora falou-nos da sua infância juntas, das bicicletas, dos cavalos, das quedas, de todos aqueles momentos que ajudaram a tornar a Maria João na pessoa que é hoje.

“Sob os Céus do Estoril” é o resultado da sua curiosidade de historiadora com a de jornalista, é um reviver da sua adolescência na Costa do Sol, onde o Estoril sempre transmitiu um estilo de vida abastado, de opulência onde as pessoas não trabalham limitam-se a viver por oposição ao povo. E se este seu primeiro projecto literário foi sendo adiado até ao dia de hoje acredita que foi guiada pela memória do pai para o terminar e é em memória dele que todos os seus livros têm treze capítulos o seu número preferido.

Quando falamos deste livro damos por nós durante a guerra envolvidos num intrincado jogo de espiões onde o amor é uma das partes fulcrais de toda a trama.
Num Estoril dos espiões, da realeza, dos judeus fugidos para a América do Norte, dos racionamentos, dos aliados, dos nazis, de uma toupeira (porque tem que existir sempre uma). No meio deste mundo somos bombardeados com descrições queirosianas de vestuário, locais, do Chiado com as suas características que prevaleceram até aos nossos dias.
Depois de muita pesquisa e de uma vasta bibliografia, Maria João apresenta-nos o Estoril como um tabuleiro de xadrez onde de um lado o Hotel Palácio é onde se reúnem os espiões aliados por oposição temos o (agora desaparecido) Hotel do Parque onde se reunia o eixo nazi.

E a mente tem curiosidades interessantes. A autora confessou-nos que ainda antes de se refugiar durante uma semana no Hotel Palácio para acabar de escrever a estória, já tinha feito uma descrição do hotel, dos quartos, a vista que se tinha do quarto da heroína. Qual não foi o seu espanto quando se apercebeu que o quarto existia tal qual o tinha descrito.
Falando de espionagem não pode deixar de relembrar o nosso saudoso Fernando Pessa e os seus relatos de guerra na BBC e se foram tantos aqueles que passaram pelo Hotel Palácio temos que lembrar ainda o espião Ian Fleming, cujo primeiro livro da saga “007, James Bond” foi escrito possivelmente da mesma janela do quarto onde a Maria João esteve com vista privilegiada para o Casino.

A verdade é que a autora tentou passar com imparcialidade os dois lados da guerra ao qual não podia faltar a trama amorosa neste eixo, sendo que Emily se vai encontrar dividida entre o português e o nazi. Este romance de espionagem tem um pouco de tudo ficámos a saber que a autora torcia por um final feliz ou como Emily diri

a: “Happy ending”.

A apresentação acabou com o tenor Fernando Serafim a entoar três temas da época, os mesmos que recomendo aquando da leitura do livro. “Amapola”, “As Time Goes By” e “Sole Mio”.

E se quiserem saber o que aconteceu a Emily e aos seus espiões vejam “o bilhete escondido no vaso” num dos corredores do Hotel Palácio.



segunda-feira, 17 de abril de 2017

CRÍTICA LITERÁRIA | "Escondida em Ti", de Lisa Renee Jones | TopSeller




Isabel de Almeida | Crítica Literária e Jornalista

Escondida em Ti é um romance de suspense erótico que marca a estreia em Portugal de Lisa Renee Jones, uma autora bem conhecida do público Norte-Americano, com presença assídua nos tops do New York Times e USA Today.

Neste romance contemporâneo com cenário na Cidade de São Francisco, encontramos a nossa protagonista Sara McMillan, uma professora de Liceu que leva uma existência pacata, rotineira e low profile, não tendo ainda encontrado uma oportunidade para dar largas à sua paixão pelo mundo da arte. 

De repente, a jovem vê-se envolvida num denso mistério, ao cair na tentação de ler os diários eróticos de uma desconhecida - Rebecca - aos quais acede casualmente através de uma amiga - Ella.

Cada vez mais obcecada pelos relatos escaldantes, profundamente sensuais, mas com o seu quê de obscuro, perigoso e apelativo que encontra nos diários de uma desconhecida, Sara irá defrontar-se com um mundo com que sempre sonhou - o das galerias de arte - e vê-se envolvida numa estranha luta de poder travada entre dois machos-alfa extremamente ricos, poderosos, atraentes e misteriosos - o artista plástico Chris Merit e o Galerista e Leiloeiro Mark Compton (um verdadeiro tubarão no mundo dos negócios com arte e um chefe exigente, controlador e manipulador).

Sara assume o papel de narradora neste romance e revela travar um conflito interno a diversos níveis, desde logo, porque ao racionalizar assume estar obcecada pelos diários de Rebecca, e corre sérios riscos de querer viver a vida desta mulher para si desconhecida, o que poderá corresponder, psicologicamente, a um desejo de mudança, de quebrar rotinas e de transgredir regras, o que lhe permitirá quebrar o circulo vicioso em que se tornou a sua banal existência. Por outro lado, ao travar conhecimento com o sexy artista Chris Merit, com o qual sente uma inevitável empatia, nascendo entre ambos uma atracção física evidente, Sara sente que se há muito que os une, há também um mundo de distância entre ambos: "Nós somos de dois mundos diferentes, eu e este homem. O dele é de sonhos realizados, o meu é de sonhos impossíveis (...) [pág. 48].

Há em Sara toda uma carga psicológica de alguma insegurança, de fuga a algo que a perturba no curso de vida, de evitamento de algo que possa alterar aquelas que são as suas "zonas de conforto", mas a verdade é que, de modo mais ou menos consciente, há alguma ambivalência nestas emoções e mecanismos de defesa, pois há um desejo secreto e temido de ser uma outra pessoa, de assumir uma nova identidade, ou tratar-se-á antes de , afinal, viver em pleno e sem limites, aquela que é a sua verdadeira identidade que tem estado escondida, recalcada e em negação? A autora é exímia ao revelar pistas acerca destes conflitos da protagonista, deixando, todavia, aos leitores a margem para duvidar, questionar, problematizar e fazer a sua própria leitura psicológica desta protagonista. 

Sara consegue racionalizar, por vezes, questões que em si ainda não resolveu: "A perfeição das outras pessoas é uma fachada que criamos quando duvidamos de nós próprios (...) [pág. 56].

Chris é também um protagonista com bastante potencial para desenvolver enquanto personagem, mas talvez por se tratar de uma narrativa de acordo com o ponto de vista de Sara não acedemos ainda, tanto quanto gostaríamos, ao seu verdadeiro eu, mas são-nos disponibilizados bons indícios acerca da sua personalidade, e fica uma certeza, Chris construiu uma imagem pública, uma persona, que pretende proteger a sua privacidade mesmo considerando-se o facto de ser uma figura pública e um artista plástico talentoso e com méritos reconhecidos, que usa a arte para sublimar as suas emoções.

Já Mark Compton surge como o vilão sexy da trama, percebemos que tem muito a esconder, que está habituado a lutas pelo poder e que, normalmente, até poderá ganhá-las, excepto se encontrar um adversário à sua altura, e Chris bem pode ser esse adversário. Estamos sempre à espera de descobrir algo mais sobre o misterioso Mark e é bem certo que este pode surpreender-nos.

O estilo narrativo da autora é muito cuidado, a linguagem é bastante emotiva, reveladora da densidade psicológica de que dotou as suas personagens (com especial destaque para Sara) e a obra doseia na medida certa mistério, conflito interno, sensualidade e emotividade. As descrições com conteúdo sexual explícito que surgem na obra (ora inseridas no âmbito das transcrições dos diários de Rebecca, ora a ocorrer em tempo real no decurso da narrativa) são bastante sensuais e detalhadas, sem todavia serem chocantes, em especial, para os adeptos de literatura erótica contemporânea.

Mas a grande surpresa deste livro é a qualidade verdadeiramente literária e a mestria que a autora revela na sua escrita. O livro está de tal forma bem escrito que as habituais vozes críticas da literatura dita comercial não vão conseguir apontar alguns dos lugares comuns que muitas vezes são atribuídos a este género ainda tão "olhado de lado" em alguns meios culturais nacionais.

É possível encontrar uma escrita de elevadíssima qualidade literária num romance erótico contemporâneo? É sim, se tem dúvidas leia este livro e deixe-se levar sem pudores na sua leitura. Encontramos aqui muito mais do que puro erotismo neste romance erótico. Entretenimento, emoção e reflexão garantidos.


"Arranjamos um lugar onde guardar coisas e lidar com elas, caso contrário damos cabo de nós.(...)" [Pág. 207]


Ficha Técnica:

Título: Escondida em Ti


Editora: Topseller Grupo 20|20

Edição: Abril de 2017

Nº de Páginas: 320

Classificação: 5|5 estrelas

Género: Romance Contemporâneo | Erótico





CINEMANIA | "O Jardim da Esperança", chega aos cinemas dia 20 de Abril


Texto: Isabel de Almeida | Nova Gazeta

Foto: Direitos Reservados NOS Audiovisuais


Se é fã de histórias reais com cenário na Segunda Guerra Mundial, aqui fica uma sugestão cinematográfica que não irá perder. O Jardim da Esperança chega às salas de cinema nacionais no próximo dia 20 de Abril, e promete emocioná-lo.

O Jardim da Esperança narra a história verídica de uma mãe e esposa que, durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se  uma heroína para centenas de pessoas.

Na Polónia de 1939, Antonia Zabinska (Jessica Chastain) e o seu marido, Dr. Jan Zabinski (Johan Heldenbergh), gerem o Jardim Zoológico de Varsóvia. 

Quando a Polónia é Invadida pelas tropas de Hiler, Jan e Antonia são forçados a obedecer às ordens de um novo zoologista escolhido  pelo  III Reich, Lutz Heck (Daniel Brühl). Todavia,  o corajoso casal está decidoso a lutar contra o regime, Antonia e Jan começam a colaborar secretamente com a Resistência e põem em acção uma série de planos para resgatarem pessoas do recentemente criado Gueto de Varsóvia,  correndo o risco de perderem as suas próprias vidas e tudo aquilo que construíram juntos. Uma história de coragem, abnegação e sacrifício em tempos de guerra.

Veja o Trailer:


sábado, 15 de abril de 2017

CRÍTICA LITERÁRIA | "Um Toque de Perversão", de Jennifer Haymore | Planeta



Crítica por Isabel de Almeida | Crítica Literária, Jornalista e Blogger


Um toque de perversão, (com o título original - A Hint of Wicked) é um romance de época, cuja acção decorre em Inglaterra no Século XIX, na sequência da Batalha de Waterloo.

Garrett, o Duque de Calton, é dado como desaparecido na referida batalha, e durante sete anos, a Duquesa Sophie e o primo do Duque - Lorde Tristan Westcliff - envidam todos os recursos ao seu dispor para o procurarem, mas sem sucesso.

Entretanto, o destino prega uma cruel partida a este trio aristocrático, e o Duque de Calton regressa passados sete longos anos, vivo, e disposto a retomar a sua vida de volta, assim como o amor de Sophie, a qual, entretanto, reconstruira a sua vida junto de Tristan, que assumira a administração das propriedades Ducais.

Sophie vê-se então dividida entre dois amores, e surge ao longo do livro a questão sempre latente: pode Sophie amar ambos os homens? Como irá ela tomar a mais importante e dolorosa decisão de toda a sua vida? Como se explica o misterioso desaparecimento do Duque de Calton, durante longos anos e tendo sido arduamente procurado pela família que tanto o estimava? Estes são alguns dos dilemas colocados durante a narrativa.

A autora traça um retrato fiel da sociedade Inglesa do Século XIX, com o seu puritanismo por vezes exacerbado, as convenções sociais levadas ao extremo, e uma justiça que compactua com esta visão deveras limitada da moralidade vigente.

Em simultâneo, a autora soube habilmente inserir na obra um toque de sensualidade, em especial, descrevendo de forma explícita, porém elegante, os envolvimentos sexuais que as personagens vão tendo, mas onde o sexo surge envolvido num indiscutível turbilhão emocional, e por isso em nada choca o leitor este aspecto da obra.

No último terço da obra, e à medida que vamos descobrindo as respostas às várias dúvidas colocadas durante a narrativa, surge também um momento de acção, com a perseguição a um criminoso desenvolvida por algumas das personagens, o que, a nosso ver, confere à obra, um carácter de originalidade e também bastante dinamismo.

Atrevido, sem ser excessivo, com boas doses de dilemas e dúvidas que afectam as personagens, romance, paixão, amor, sexo e também aventura.

Em suma, uma leitura que recomendamos aos amantes do romance sensual de época.

Ficha Técnica:


Autora: Jennifer Haymore

Editora: Planeta

Nº de Páginas: 360

Classificação atribuída: 5/5 estrelas

Género: Romance de Época | Romance Sensual

quarta-feira, 12 de abril de 2017

LITERATURA | Alexandra Lucas Coelho é a mais recente autora da Companhia das Letras


Texto: Isabel de Almeida

Foto: José Carlos Carvalho | Direitos Reservados

A Jornalista e Escritora Alexandra Lucas Coelho passará a integrar o Catálogo de Autores da Companhia das Letras, Chancela do Penguin Random House Grupo Editorial. Prevê-se para o início de Junho uma nova edição revista da obra "E a Noite Roda", vencedora do Grande Prémio de Romance e Novela APE em 2012.

No Outono a Editora promete um lançamento que descreve como : "Uma novidade, a vários níveis, no percurso desta autora."

Desde o início da sua carreira enquanto autora publicada Alexandra Lucas Coelho lançou já oito títulos, entre eles três romances, no espaço de dez anos.

"E a Noite Roda" é a sua obra de estreia na escrita de ficção que surgui na sequência de diversos volumes de Viagem-crónica-reportagem. A Autora era já uma das mais reconhecidas e premiadas jornalistas Portuguesas. Teremos de aguardar pela chegada do Outono que trará novidades na carreira da autora.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

MÚSICA | Carlos Mendes cantou e encantou em Setúbal com "A Festa da Vida"


Texto: Isabel de Almeida

Foto: Câmara Municipal de Setúbal |Direitos Reservados


"A Festa da Vida", espectáculo intimista do músico, compositor e poeta Carlos Mendes realizou-se no passado Sábado em Setúbal, no Fórum Municipal Luísa Tody.

Neste formato musical Carlos Mendes teve a oportunidade de levar o público presente a revisitar diversos momentos da sua vasta carreira no mundo da música, onde é presença habitual há já mais de cinquenta anos.

Do alinhamento do concerto constaram êxitos bem conhecidos do músico: "Amélia dos Olhos Doces", "Ruas de Lisboa" e "Festa da Vida", numa actuação onde o passado se cruzou com o presente.

Carlos Mendes actuou na principal sala de espectáculos da cidade sadina fazendo-se acompanhar por mais três músicos, e interpretando versões menos tradicionais de temas da sua autoria, de modo a deixar em evidência a sua versatilidade enquanto cantor e intérprete.

Este espectáculo "A Festa da Vida " surge como culminar das celebrações dos cinquenta anos de carreira de Carlos Mendes que se assinalaram em 2015, tendo diversos temas sido novamente gravados num tom assumidamente mais intimista.

Em 2014 Carlos Mendes viu o seu talento e dedicação à música reconhecidos ao ser-lhe atribuída a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

LIFESTYLE | Sugestões de Fim de Semana

Neste fim de semana aproveite as nossas sugestões:


Onde ir | XV Festival de Sopas e Merendas de Alenquer

Entre os dias 7 e 9 de Abril decorre na Adega Cooperativa da Labrugeira, na Freguesia da Ventosa, Alenquer, o XV Festival de Sopas e Merendas de Alenquer. Um evento onde é possível provar as iguarias e vinhos da região e desfrutar de um programa de entretenimento de cariz popular, onde actuam artistas locais, grupos de Sevilhanas, grupos corais e musicais.
Fique a par do programa visitando a página oficial de Facebook da Adega Cooperativa da Labrugeira



O que ver |  Séries Tv

Se não teve tempo de ver durante a semana a estreia da  5ª temporada da Série Prison Break, aproveite para fazer o update durante o fim de semana através do canal Fox Portugal.



Seguir na Blogosfera | Menina dos Policiais | Blog Literário Especializado

É fã de policiais e thrillers? Então tem de conhecer este blog muito especial. O blog Menina dos Policiais foi fundado em Agosto de 2010 por Vera Brandão, e ali poderá encontrar críticas a diversas obras literárias deste género tão específico e hoje novamente em grande voga. A Vera tem um "fraquinho" pelos policiais nórdicos, mas também se perde em clássicos e vai seguindo atentamente as novidades editoriais neste âmbito. Nós aqui na redacção somos fãs e, sem dúvida, é neste simpático e cuidado blog que ficamos a par  do que vai acontecendo "no mundo do crime". Siga o blogs na plataforma blogger e na respectiva página do Facebook (links abaixo, a seguir ao logotipo).



Texto: Isabel de Almeida | Crítica Literária e Editora de Cultura
Fotos: Direitos Reservados
Trailer: Direitos Reservados Fox  e Youtube

quinta-feira, 6 de abril de 2017

CULTURA | "A Rapariga de Antes" , de JP Delaney chega hoje às livrarias


O livro de que todos falam chega hoje às livrarias e promete dar que falar entre os adeptos do thriller psicológico.

"A Rapariga de Antes", de JP Delaney foi publicado nos Estados Unidos em Janeiro deste ano e tem-se revelado um enorme sucesso editorial, estando já destinado a chegar às salas de cinema numa adaptação a cargo do realizador Ron Howard.

Aclamado pela crítica internacional, foi descrito como "Original e Viciante" pelo The Times tendo merecido do The Washington Post a seguinte menção: " A Rapariga de antes merece o lugar cimeiro nos livros de suspense."

Em Portugal o livro chega pelas mãos da chancela Suma de Letras do Grupo Editorial Penguin Random House.

Veja o booktrailer e prepare-se para desvendar que segredos se escondem por detrás das paredes do Nº 1 de Folgate Street, uma moradia moderna, de traços arquitectónicos minimalistas que faz as delícias de quem procure um refúgio que não promete menos do que a perfeição.





Fonte e créditos Banner, Logotipo e Booktrailer : Suma de Letras - Grupo Editorial Penguin Random House Portugal |Direitos Reservados

Texto: Isabel de Almeida | Crítica Literária

domingo, 2 de abril de 2017

ENTREVISTA | Vanessa Lourenço é a mais recente escritora de Literatura Fantástica onde os Gatos são os heróis


Texto e Foto: Madalena Condado

Quando há um ano atrás a escritora Vanessa Lourenço nos prometeu uma trilogia com gatos, algumas vozes em surdina pareciam desconfiar desta sua intenção. Como seria possível escrever uma estória fantástica cujos personagens fossem gatos e que ao mesmo tempo não fosse um livro para crianças?

Pois desenganem-se os mais céticos, porque não somente os gatos conseguiram provar que estão preparados para enfrentar tudo e todos seguindo os passos da sua criadora, como passado apenas um ano a Vanessa acabou de lançar o segundo volume desta trilogia.

A verdade é que desde a publicação de “A Cria Negra de Felis Mal’Ak”, a Vanessa voltou para nos apresentar “A Batalha de Sekmet” e mais uma vez conseguiu provar que quando se gosta do que se faz e se trabalha muito conseguem alcançar-se todos os objetivos a que nos propomos e os limites deixam de existir.

Mas todas as estórias têm a sua própria história e por detrás destes fantásticos gatos está a sua criadora. A Vanessa escreve sobre aquilo que é, uma apaixonada por livros e por gatos. Esta odisseia a quatro patas começou a crescer na sua cabeça quando teve o infortúnio de ver o seu gato preto morrer atropelado, nesse momento decidiu que a vida dele tinha que ser contada, dai a passá-la para o papel foi logicamente para a Vanessa o passo seguinte. E desta forma para além de o honrar acabou por o imortalizar.

Tenho a felicidade de conhecer a Vanessa pessoalmente e posso afirmar que o que mais me atrai na sua escrita é aquele poder impar que tem de deixar o leitor ansioso para saber o que acontecerá na página seguinte, os seus livros são na realidade um reflexo de quem é. A única garantia que retiramos da sua escrita é a de que parar de ler não é uma opção, até porque não o conseguimos fazer.

Na “A Batalha de Sekmet” vamos ter o tão merecido desenvolvimento pelo qual ansiávamos desde o primeiro livro. Aqui temos a possibilidade de conhecer as duas faces de uma Deusa trazida diretamente da mitologia egípcia que esconde um grande segredo. Mas a questão que nos mantém presos desde o início é se esta conseguirá destruir aquele grupo tão unido e acabar com uma inteira espécie na Terra.

Serão estes amigos de garras afiadas (quando necessário) e sempre prontos para a acção capazes de lutar com todas as suas forças e coragem, que lhes reconhecemos desde o primeiro volume, esta poderosa força?

Em vez de abrir um pouco mais o véu sobre este grupo felino prefiro convidar-vos a todos a embarcar nesta aventura e a conhecerem melhor a Vanessa através da sua página. Esta é na realidade uma saga que pode ser oferecida sempre, para todas as idades e o melhor é que até a língua deixou de ser uma barreira, afinal a “A Cria de Felis Mal’Ak” já se encontra disponível em inglês.

Utilizando as palavras da própria: “Não quero saber o que pensas, quero saber o que sentes”.