Em
1980, por toda a Coreia do Sul, os estudantes revoltaram-se contra o fecho de
universidades e a falta de liberdade de expressão. Porém, na região de Gwangju,
a repressão foi tão violenta que a população acabou por se juntar ao protesto,
dando origem a um dos piores massacres na história do país. Os mortos e
desaparecidos ainda estão, de resto, por contabilizar. Como lidar com a morte de alguém quando o seu corpo não aparece?
Esta é a história de Dong-ho, um rapaz que não resistiu a seguir o melhor amigo
até à manifestação, mas, quando ouviu os tiros, largou-lhe a mão, procurando-o
agora entre os cadáveres de uma morgue improvisada. E é também a história dos que cruzaram o caminho de Dong-ho – os
que caíram por terra desarmados e os que foram levados para a prisão e
torturados; os que sobreviveram ao terror, mas nunca mais conseguiram falar do
assunto e os que, tantos anos passados, sabem, tal como Han Kang, que a história
pode repetir-se a qualquer momento e que é preciso lembrar os atos brutais de
que os humanos são capazes.
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