Anne Bishop é uma escritora
americana de fantasia, autora de inúmeros romances entre os quais se podem
destacar a Saga das Jóias Negras, O Mundo de Efémera, Trilogia dos Pilares do Mundo e a mais recente série Os Outros. Visitou-nos recentemente a convite da sua
editora portuguesa Saída de Emergência e foi cabeça de cartaz do Festival Bang
que contou com um elevado número de fans.
O
que acha do que já visitou em Portugal, teria o ambiente ideal como pano de
fundo para um dos seus livros?
A verdade é que ainda não
consegui ver tanto quanto gostaria, mas posso desde já afirmar que adorei o
ambiente de Lisboa, o rio e a cor dos edifícios.
O mais curioso é que sendo
esta a primeira vez que visito este país de certa forma parecia já o ter feito,
afinal num dos meus livros tenho um mapa com a mesma forma de Portugal.
Uma
questão que muitos leitores colocam é se de alguma forma se identifica-se com os
seus personagens?
Normalmente só durante o
processo de escrita de cada uma delas, porém confesso que houve outras que me
prenderam mais do que o habitual, estou a falar de Meg, Cassidy, Chanel e
Beladona.
Porquê
fantasia?
É um lugar seguro para
verdades emocionais, longe das nossas vidas, um local de descanso onde nos
sentimos seguros envolvidos por magia e seres fantásticos. Quando escrevo gosto
de me transformar durante aqueles momentos na personagem sobre a qual estou a
escrever sejam eles bons ou maus. No fundo anseio por magia.
A Trilogia das Jóias Negras foi a minha estreia neste
mundo Literário, era um livro sexual e violento, tinha que me mentalizar diversas
vezes que no fim os personagens iam ficar bem.
Nunca sabemos bem o que
esperar queremos que quem nos lê se sinta transportado para os mundos que
criamos tal como o fazemos quando escrevemos. Por esse motivo ter uma crítica
no The New York Times foi uma oportunidade
única para gerar o interesse necessário e a partir desse momento foi como uma
bola de neve.
E
a recepção do público português? O que achou do Festival Bang?
O Festival foi
fantástico, havia muita alegria. Fui muito bem-recebida por uma sala cheia de fervorosos
leitores.
É sempre agradável vermos
o nosso trabalho reconhecido por quem tal como nós consegue deixar-se
transportar para estes mundos vivendo as aventuras que antes eram só minhas, perceber
que acima de tudo continuam sequiosos de mais. Também por esse motivo ainda não
posso dizer que este seja o último livro da saga.
Até
ao final do ano quais são os seus planos?
Tenho que acabar a
revisão do meu mais recente livro, Lake
Silence, que deverá sair em março do próximo ano nos Estados Unidos.
E
planos para o futuro?
Estou com outro projecto
em mãos, neste a acção passa-se numa cidade fronteiriça destruída pela guerra
onde um grupo de pessoas regressa para a tentar reconstruir, e para já não
posso dizer mais nada. (risos)
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