Primeiro a Esquerda apartou-se da religião e
ensinou que a mesma é uma abstracção inútil, depois apoiou todo o tipo de
liberdades individuais e criou uma amálgama de retrocessos levando a humanidade
a um estado quase primitivo. O sexo está em tudo e faz parte de tudo, tornou-se
de tal forma banal e desinteressante que homens e mulheres são hoje
descartáveis. LGBT, Ideologia de género, aborto, eutanásia, e mais umas quantas
distorções do que é ou devia ser a evolução da humanidade, não só são bem
aceites pelas comunidades como são ensinadas nas escolas. A Arte deixou de ser
Arte. A Arte perdeu para os lobbys e pseudo-artistas que têm a mesma noção de
estética e respeito pela verdadeira arte que têm pelo próprio corpo. Nesta
febre de aceitar tudo, de legitimar tudo, de apoiar e democratizar tudo, a
Esquerda tornou o mundo feio e irrespirável. O grande estandarte da Esquerda
"Não há nenhum Deus a ver", roubou-nos a vergonha, a noção de limites
e atirou-nos para um abismo do qual será agora dificílimo sair. Por fim, o
multiculturalismo na sua pior versão, aquele em que nos ensinaram a acreditar,
aquele que rouba aos povos as suas raízes, o sentimento de pertença, a âncora
de que necessitamos para não nos perdermos em mar alto, o porto seguro da
pátria, da cultura, da língua, dá o golpe de misericórdia na nossa já tão
fragilizada coesão. Esqueceu-se a Esquerda de que somos e nunca deixaremos de
ser tribais. Está nos nossos genes essa necessidade de grupo, de diferença
perante os demais. Não para sermos melhores, que a história bem nos ensinou que
não é esse o caminho, mas para sermos únicos, para sermos nós. O que nos trouxe
esse multiculturalismo que rebenta fronteiras e nos faz estranhos na nossa
própria casa não é, como podemos ver, ainda que nenhum Deus o veja, um
intercâmbio salutar de culturas, de costumes ou de aprendizagens. É antes uma
pilhagem violenta da essência dos povos, uma lavagem cerebral que começa nas
nossas crianças e por fim, o massacre de tudo quanto somos e almejámos um dia
ser. Enchermo-nos de tudo deixou-nos tão vazios e divididos que, qualquer
ideologia ou religião cabe no espaço imenso que temos entre nós. E a isso só
pode ser dado um nome. Declínio. Segundo a Bíblia, Jesus terá dito:
"Vós sois deuses", por isso, quanto mais
não seja por isso, Deus está a ver. Os Deuses somos nós.
Ana Kandsmar
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