Convidamos-vos a conhecer: A VILLA ROMANA DE TORRE DE PALMA
Apesar de Zeus e Baco se confundirem sob o sol do
nosso país Portugal é mais que sol
não sendo necessário ser um "homo muito sapiens", para conhecer os nossos
ancestrais mais distantes cujos monumentos megalíticos, as pinturas, as “Villas”, os teatros, os fóruns, as
termas e os mosaicos, testemunham ainda grandezas desaparecidas neste cantinho
ibérico.
Através de testemunhos únicos na Europa e
praticamente desconhecidas de todos esperamos que
este nosso contributo venha a despertar o vosso interesse por um encontro com a
história, através do património paisagístico, arquitetónico e
museológico, assim como do enológico e gastronómico, contribuindo para o
combate à desertificação e aos constrangimentos de algumas zonas rurais.
Integrada nos “Itinerários Arqueológicos do
Alentejo e Algarve” a vasta “vila” de Torre de Palma, classificada como Monumento Nacional,
fica situada a 5 km de Monforte (junto à EN
369 que liga a aldeia de Vaiamonte a Monforte no distrito de Portalegre).
Desenvolvendo-se sobre uma colina, junto de um pequeno riacho, em torno de um vasto pátio interior, denominada “vila” em peristilo, é um espaço organizado cuja propriedade foi atribuída a uma poderosa família romana, os BASÍLII, cujo nome é conhecido através de uma inscrição encontrada no local, mandaram construir uma grandiosa residência, e aí se estabeleceram talvez desde o Séc. II até ao Séc. IV d.C. explorando um vasto latifúndio, que incluía lagares, celeiros e outras dependências agrícolas, sempre rodeados de servos sendo também local de recolhimento e de lazer do proprietário.
A Norte da “vila”
encontraram-se as ruínas de uma Basílica
Paleocristã, construída sobre um templo
romano e objeto de várias reestruturações entre finais do século IV e o século
VII, com três naves, e absides contrapostas, a
qual tem um batistério em forma de cruz de Lorena, com dois lanços opostos de
quatro degraus, do qual até há pouco tempo só se encontravam paralelos na Palestina
e no Norte de África, que documenta o esforço e a
consolidação do Cristianismo nesta região, tendo a sua importância perdurado
até à Idade Média, com o reaproveitamento de partes das paredes da antiga
basílica para edificação da capela de São Domingos.
Inicialmente escavada entre
1947 e 1962, o estudo da “vila” romana
de Torre de Palma foi particularmente privilegiado devido aos seus mosaicos
profusamente decorados e que se pensa serem dos finais do século III ou inícios
do século IV d.C. De entre estes, não podemos deixar de mencionar os mosaicos
dos cavalos vitoriosos e o das Musas, realizados por uma “oficina” itinerante
africana.
Acolhimento de Visitantes:
·
Centro
de Acolhimento e Interpretação onde se disponibiliza informação sobre o sítio
arqueológico;
·
Loja,
publicações de apoio aos visitantes, materiais de divulgação;
·
Percurso
de visita sinalizado;
·
Estacionamento
para ligeiros e autocarros;
·
Visitantes
com mobilidade reduzida: certos troços do percurso de visita podem apresentar
algumas dificuldades.
Horário:
Inverno - Outubro a Abril
Segunda a Sábado – 09h00 / 16h00
Domingo – 09h00 / 13h00
Verão - Maio a Setembro
Segunda a Sábado – 10h00 / 13h00 - 15h30 /
19h00
Domingo – 09h00 / 13h00
Encerramento ao público
1 de Janeiro
Feriado Municipal - Segunda Feira de
Pascoela
24 . 25 . 31 de Dezembro
Fotos: Paulo Da Costa
Gonçalves
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