Nas livrarias a 6 de
Fevereiro
Por causa de um poema, um
tribunal bolchevique condena o conde Aleksandr Rostov a prisão domiciliária.
Ficará retido, por tempo indeterminado, no sumptuoso Hotel Metropol. A prisão
pode ser dourada. Mas é uma prisão.
Estamos em Junho de 1922.
Despejado da sua luxuosa suíte, o conde é confinado a um quarto no sótão,
iluminado por uma janela do tamanho de um tabuleiro de xadrez. É a partir dali
que observa a dramática transformação da Rússia. Vê com tristeza os magníficos
salões do hotel, antes animados por bailes de gala, serem agora esmagados pelas
pesadas botas dos camaradas proletários. E vê-se obrigado a negociar a sua
sobrevivência, num ambiente subitamente hostil.
Aos poucos, porém, o aristocrata
descobre aliados no hotel, com quem partilha o seu amor pelo belo – e a defesa
de valores morais que nenhuma ideologia poderá vergar. Faz-se amigo do chef,
dos porteiros, do barbeiro, do encarregado da garrafeira, e com eles conspira
para devolver ao Metropol a sua antiga e majestosa glória. Ao mesmo tempo, toma
sob a sua proteção uma menina desamparada, a quem provará que a vida não se
resume à luta de classes.
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