Nas livrarias desde 15 de Maio
Um verão em que se sente perdido e sem forças, o
protagonista deste «caderno de montanha» decide abandonar a cidade onde nasceu,
e instala-se a dois mil metros de altitude, num local próximo daquele em que
passava as férias com os pais quando era criança. Procura um lugar que lhe
permita ser feliz e, como acumula recordações de muitas semanas de liberdade
que corriam sem regras e sem quem as ditasse, sonha com recuperar as
experiências da infância.
Mas agora está sozinho. E nessa solidão, na qual
porém surgem presenças imprevistas, como os animais que povoam a montanha e
também dois vizinhos com quem trava relações, deverá ajustar contas consigo
mesmo. O rapaz ocupa o seu tempo a ler e, nos livros de Rigorni Stern, Primo
Levi, Thoreau e Antonia Pozzi, encontra com quem conversar. Mas a literatura
não se converte num refúgio contra a natureza hostil nem num antídoto contra os
excessos da civilização, apenas num impulso para desenvolver um ponto de vista
pessoal, nada ingénuo nem complacente.
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