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Sobre o livro:
Se esta rua falasse, esta seria a história que contaria: Tish, 19 anos, apaixona-se por Fonny, que conhece desde criança. Fazem juras de amor e conjuram sonhos para a vida a dois. Mas Fonny é atirado para a prisão, falsamente acusado de um crime horrível. Quando Tish descobre que está grávida de Fonny, as duas famílias lutam por encontrar provas que ilibem o rapaz do crime que não cometeu. Separados por uma fria parede de vidro, Tish e Fonny esperam e desesperam, transportados dia após dia após dia por um amor que procura transcender a desesperança, a injustiça, o racismo, o ódio. Entre o pulsante bairro de Harlem, onde Fonny sonha tornar-se escultor, e a ilha de Porto Rico, onde talvez se encontre a prova da sua inocência, desenrola-se uma corrida contra o tempo, pautada pelo crescimento da barriga de Tish.
Sensual, violento e profundamente comovente, este romance é uma bela canção de blues, de toada doce-amarga, com notas de raiva e ainda assim cheia de esperança. Publicado pela primeira vez em 1974, Se esta rua falasse é o quinto romance de James Baldwin, um dos nomes maiores da literatura americana do século XX e uma das vozes mais influentes do activismo pelos direitos civis. Um romance-manifesto contra a injustiça da justiça e uma história de amor intemporal, é hoje tão pertinente e tão comovente quanto no dia da sua publicação.
Sobre o autor:
James Baldwin nasceu em Nova Iorque em 1924, no bairro de Harlem, onde cresceu e estudou. Partiu para França em 1948, fugindo ao racismo e homofobia do seu país de nascimento. Em 1953 publicou o primeiro romance, Go tell it on the mountain (Alfaguara, 2019), que foi recebido com excelentes críticas. Entre as suas obras mais importantes encontram-se Giovanni’s Room, The fire next time, Going to meet the man, Notes of a native son e Another country. Destacou-se desde cedo como romancista, ensaísta, poeta e dramaturgo, mas a par disso notabilizou-se como uma das vozes mais influentes do movimento de direitos civis. Foi o primeiro artista afro-americano a aparecer na capa da revista Time. Em 2017, trinta anos após a sua morte, voltou ao palco graças a um documentário baseado na sua obra: I am not your negro.
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