A MENINA QUE SORRIA CONTAS
de Clemantine Wamariya e Elizabeth Weil
A história de uma menina que sobreviveu ao genocídio do Ruanda
Clemantine Wamariya tinha seis anos quando o destino do seu país deu uma reviravolta dramática: começou a faltar água e electricidade, as lojas fecharam, os pais passaram a falar em sussurros e os vizinhos começaram a desaparecer. Em 1994, ela e a irmã de quinze anos, Claire, não tiveram opção senão fugir ao genocídio do Ruanda, umas das maiores calamidades humanitárias do século XX, em que se calcula terem morrido perto de um milhão de pessoas. Perdidas dos pais, passaram os seis anos seguintes em fuga, atravessando sete países africanos. Sempre com fome, constantemente violentadas e aprisionadas, vítimas da mais desumana crueldade, mas também testemunhas da mais abnegada bondade e dos mais inesperados sorrisos.
Quando Clemantine fez doze anos, chegou finalmente a boa notícia: ela e a irmã receberam o estatuto de refugiadas e partiram para os Estados Unidos da América. Já em Chicago, as vidas de ambas divergiram. Clemantine foi adoptada por uma família que a acolheu com uma generosidade sem reservas. Frequentou escolas privadas, fez parte de claques, formou-se pela famosa universidade de Yale, até ser o que é hoje: activista de direitos humanos, oradora em conferências e nomeada por Barack Obama para o Conselho do Museu em Memória do Holocausto.
Clemantine Wamariya é activista pelos direitos humanos e uma excelente contadora de histórias. Nasceu em Kigali, no Ruanda, e viu-se obrigada a fugir por causa do sangrento conflito no seu país. Clemantine passou a sua infância em migração por sete países africanos. Aos doze anos, foi-lhe concedido o estatuto de refugiada pelos Estados Unidos, país que a viu formar-se em Literatura Comparada pela Universidade de Yale. Vive actualmente em São Francisco.
Elizabeth Weil escreve para o New York Times Magazine, para a revista Outstanding e para a Vogue, entre outras publicações. As suas reportagens valeram-lhe inúmeros prémios.
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