Nuno Nepomuceno, autor de A Última Ceia, deu uma entrevista ao blogue Crónicas de uma Leitora. Deixamos um excerto da entrevista concedida à nossa colaboradora Vera Carregueira.
Não estamos perante um livro que possamos inserir num só género literário. Temos romance e um thriller num só, muita ação, suspense e amor. Acha que será mais fácil chegar a mais pessoas?
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Não estamos perante um livro que possamos inserir num só género literário. Temos romance e um thriller num só, muita ação, suspense e amor. Acha que será mais fácil chegar a mais pessoas?
Sim, concordo com essa análise. Acho que o sucesso que o livro está a ter resulta sobretudo disso. De uma forma muito simples, mais do que um thriller, A Última Ceia é uma história de amor, um «conto» sobre a relação entre um homem e uma mulher. E esses sentimentos serão sempre universais.
É uma pergunta interessante, pois este foi exatamente um dos desafios que a redação do livro me colocou. O casal de protagonistas é muito diferente. A mulher, Sofia, evolui imenso e acho que é a personagem com que o leitor se irá identificar mais. Tem todas as caraterísticas de uma heroína tradicional, incluindo a capacidade de sobrevivência. Já Giancarlo, o homem que a seduz, não. É uma personagem estática, sobre a qual sabemos logo no início do livro ser um vilão, um ladrão de arte, o que me obrigou a trabalhar o enredo para manter a narrativa interessante. Se pensarmos bem, já sabemos mais ou menos como é que o livro acaba quando ele começa.
Afonso Catalão volta a ter um papel fundamental no desenrolar da ação. Como tem sido desenvolver este personagem que nos acompanha desde A Célula Adormecida?
Tem sido muito gratificante. O professor Catalão é bastante diferente do meu primeiro protagonista, a personagem principal de O Espião Português e restantes volumes da série. Afonso, ao ser um homem mais velho, tem outra dimensão emocional, além de um passado obscuro, negro, fruto de alguém que, apesar de ser honesto, teve de sobreviver àquilo que a vida lhe deu. É uma personagem que faz o que considera ser correto e necessário para o bem maior, mesmo que para tal tenha de quebrar algumas regras. Os últimos capítulos de A Última Ceia revelam isso mesmo. Há mensagens subliminares nas linhas de diálogo do professor Catalão que nos deixam a pensar sobre a interpretação que devemos fazer dos factos narrados anteriormente.
Para lerem a entrevista na integra cliquem AQUI.
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