Nas livrarias a 30 de
Setembro
Os Conspiradores
de
Un-Su Kim
Tradução de Carmo Vasconcelos
Romão
Reseng tem o velho general na mira da sua espingarda. Basta-lhe apertar
o gatilho. Mas hesita.
Talvez porque o sol se esteja a pôr. Ou porque a visão da sua vítima, a regar as flores do jardim, o faça hesitar. Ou talvez porque, aos 32 anos, e depois de 15 como assassino contratado, sinta um inesperado vazio. Poisa portanto a arma. O sol, entretanto, já se pôs. Reseng deita-se à espera de um novo dia. Então matará o general. Ou talvez não. Porque o velho lhe aparece inesperadamente ao cair da noite. E convida-o para um chá.
Os Conspiradores deram a conhecer ao Ocidente o premiado autor coreano Un-su Kim, que deixou a crítica tão
rendida como desconcertada. Surgiram as comparações, falou-se muito em Camus,
em Murakami e até em Don DeLillo. Mas se nas referências literárias não foi
encontrado um denominador comum, sempre que se frisava o fulgor cinematográfico
da obra, o nome evocado era o mesmo: Quentin Tarantino.
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