Há dias vi um programa de televisão extremamente interessante: falava-se do futuro do mundo em geral, de várias iniciativas que têm vindo a surgir em prol de uma vivência mais pura e sustentável, em que a pegada humana é reduzida para valores bem menores que os actuais, e na crescente mudança de mentalidades em relação aos comportamentos nefastos das últimas décadas.
A aposta nas energias renováveis está em alta e são já vários os dias em que o fornecimento de electricidade é assegurado a 100% pelo vento e pela água. Nós nem nos apercebemos que algo mudou, sentados nos nossos sofás em frente à televisão ou computador, ou noutra actividade qualquer que requeira a tão preciosa electricidade, mas mudou e para melhor: com a produção desta alternativa evita-se a emissão de milhões de toneladas de dióxido de carbono. E para aqueles não ligam – ainda - muito ao ambiente, isto faz com que se poupe milhões de euros na aquisição de licenças de emissão de poluentes – que todos sabemos quem é que no fim paga.
Estima-se que até 2040 a electricidade seja fornecida totalmente através das energias renováveis para todo o território nacional, o que aplaudo de pé.
Noutros aspectos igualmente importantes, vi que alguns povos desenvolveram técnicas artesanais para limpar os detritos dos rios. Limitaram-se a criar barreiras para impedir que o lixo vá parar aos oceanos quando os rios ali desaguam. Simples e eficaz.
Há, também, cada vez mais pessoas a captar água da chuva para regar as plantas e os jardins. Outra medida simples e que permite baixar a factura. Assim como o uso de painéis solares em prédios de habitação; são já vários os condomínios a optar pela instalação desta solução.
No Japão criaram um sistema de poupança de água nas casas de banho públicas, que consiste em reutilizar a água usada na lavagem das mãos para a descarga nas sanitas. Uma medida inteligente.
Gostaria de ver mais programas deste género informativo passarem nos canais nacionais com grande audiência e não só nos generalistas da televisão por cabo, que uns podem subscrever e outros não, pois é de extrema importância a consciencialização do maior número possível de pessoas para as reais problemáticas nestes sectores. Além disso, quando se apresentam as investigações e as soluções, quando os factos são demonstrados, uma vez e outra, há sempre algo que fica, por pouco que seja, e isso é preponderante para a tão necessária mudança.
Verifico que há dois grupos distintos que se estão a formar; um já está em formação há algum tempo e tem vindo a ganhar terreno: é o grupo dos desestabilizadores, dos egocêntricos, dos manipuladores, corruptos e com sede de poder, que vai estendendo os seus tentáculos como um polvo – podemos verificar a sua presença em praticamente todas as áreas, actualmente; o outro é precisamente o oposto, demonstra preocupação e empatia com o planeta e todas as formas de vida, encara os problemas de frente e tenta solucioná-los de formas não invasivas, com respeito e ponderação - talvez porque as pessoas estão saturadas de tanta vivência podre e decidiram que já era tempo de tomar as rédeas do próprio destino.
Só um poderá sair vitorioso. Os dois tipos não poderão coexistir pacificamente. É extremamente importante que o segundo cresça e crie raízes, de modo a podermos fazer, e viver, um mundo melhor.
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