Foi com surpresa que esta madrugada vi chegar ao Terreiro do Paço “A Liberdade”, mais conhecida internacionalmente por Estátua da Liberdade, trazia como bagagem somente a sua tocha e coroa que me garantiu nunca ter sido recebida num concurso de miss universo. Sendo ela filha de pai francês, amiga de um número incontável de imigrantes e nunca tendo requerido cidadania americana resolveu partir para o velho continente que a viu nascer com receio de represálias devido ao facto de ser imigrante, mulher, gorda e vestir-se de forma esquisita.
Contou-me como numa noite toda a sua existência bem como a de tantos tinha sido colocada em causa. Temia pela construção do prometido muro que seria pago por terceiros, pelo “drenar do pântano” podia dar-se o caso de ser construído um casino no seu lugar, a mudança de Obamacare para Trumpcare, o ensino nas universidades da cadeira de fuga aos impostos, a retirada das tropas americanas de locais de guerra para a possível colocação de mão de obra treinada na extração de gás e de xisto, a transformação da Casa Branca na casa da Barbie e do Ken, o ensinar o filho Barron a carregar no botão vermelho para iniciar os “jogos de guerra” mas principalmente temia pela desagregação dos Estados Unidos para Estados Desunidos.
E antes de se despedir e continuar a sua viagem ainda deixou no ar a confirmação à dúvida que nos persegue a todos desde 2016, o significado da fantástica cor laranja da pele.
É verdade que eles estão entre nós e agora até nos governam.
“Beam me up Scotty”
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