Depois do sucesso da inauguração do Metropolitano de Lisboa,
Daniel Stoffel, responsável financeiro do projeto, parece poder escolher o
futuro que quiser.
Porém, a morte da filha num acidente estúpido enche-o de uma culpa
de que não se consegue libertar. Desfeito o casamento, começa a afundar-se na
bebida, até que um amigo lhe sugere que deixe Portugal, onde tudo aconteceu, e
tente recomeçar a vida noutro lugar.
Instala-se, então, num lugar recôndito de Moçambique, onde uma
velha negra o ajuda nas tarefas domésticas e lhe leva jornais que o põem a par
dos movimentos independentistas das Colónias e das mudanças por que a Metrópole
vai passando.
Apesar da vontade de ficar sozinho, o frondoso embondeiro que o
protege da curiosidade alheia tem uma frase riscada no tronco que parece
traçar-lhe um destino diferente, insistindo na paternidade que lhe estava
destinada. E, por mais que Daniel a renegue, é nesse caminho que poderá
encontrar o próprio perdão.
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