Nas livrarias a 13 de Outubro
D. Álvaro Gonçalves Coutinho – conhecido por Magriço por causa da
sua figura débil – foi celebrizado numa passagem d’Os Lusíadas, que
destaca a sua coragem entre os Doze de Inglaterra, cavaleiros portugueses que,
no reinado de D. João I, participaram num combate que visava lavar a honra de
doze damas ofendidas e do qual saíram vencedores.
Porém, mesmo tratando-se de um cavaleiro de linhagem na Corte do
Mestre de Avis, o Magriço não aceitou que o seu monarca lhe negasse casamento
com a mulher que amava, partindo para a Borgonha onde lutou por mais de uma
década entre os pares de João Sem Medo, que o considerou um dos mais destemidos
guerreiros que alguma vez o haviam servido.
Aventureiro, defensor de causas justas e sempre na senda de glória
para os seus amos, Álvaro Coutinho foi também um filho segundo, afastado da
herança paterna, um homem amargo a quem a memória da desfeita do rei nunca
abandonou, um guerreiro sem medo da morte, um ancião que resistiu à peste e se
tornou uma espécie de eremita no fim da vida.
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