domingo, 31 de janeiro de 2021

DIVULGAÇÃO | MEDITAÇÃO PLENA, de DEEPAK CHOPRA

 












Nos últimos trinta anos, Deepak Chopra tem estado na vanguarda da revolução da meditação no Ocidente. Meditação Plena reinterpreta e explora os benefícios físicos, mentais, emocionais, relacionais e espirituais que esta prática pode trazer. Chopra orienta-nos nesta obra sobre como despertar para novos níveis de consciência e cultivar uma visão clara, curar o sofrimento mental e do corpo e recuperar quem realmente somos. Passaremos por um processo transformador, que resultará num despertar do corpo, da mente e do espírito e que nos permitirá viver num estado de consciência aberta, livre, criativa e bem-aventurada durante as vinte e quatro horas do dia. Com este livro, Deepak eleva a prática da meditação a uma busca de mudança de vida através de uma consciência superior e uma existência mais gratificante. Incorpora ainda novas pesquisas sobre a meditação e os seus benefícios, fornecendo exercícios práticos de consciência e concluindo com um programa de meditações para 52 semanas que o ajudará a revolucionar todos os aspectos da sua vida. 

sábado, 30 de janeiro de 2021

DIVULGAÇÃO | O QUE CONTAMOS AO VENTO, de LAURA IMAI MESSINA

 












No lado íngreme de Kujira-yama, a Montanha da Baleia, existe um imenso jardim chamado Bell Gardia. No meio há uma cabine, dentro da qual repousa um telefone que não funciona, carregado de vozes sopradas ao vento. De todo o Japão, milhares de pessoas que perderam alguém passam por ali todos os anos e usam o telefone para falar com aqueles que já partiram.

Yui é uma jovem de trinta anos, e 11 de Março de 2011 é a data que a mudou para sempre. Naquele dia, o tsunami varreu o país onde mora, engoliu a sua mãe e a sua filha, tirou-lhe a alegria de estar no mundo.  Ao saber, por acaso, daquele lugar surreal, Yui vai até Bell Gardia e conhece Takeshi, um médico que mora em Tóquio e tem uma filha de quatro anos, que emudeceu no dia em que a mãe morreu.

Quando Yui percebe que aquele lugar precioso corre o risco de ser arrasado por um furacão, decide enfrentar o vento, tanto aquele que sacode a Terra como o que levanta a voz de quem já não está presente.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

DIVULGAÇÃO | O TRIUNFO DOS PORCOS, de GEORGE ORWELL | DOM QUIXOTE

 












A frase completa-se, fecha-se o círculo, nasce um dos melhores romances do século XX.

O Triunfo dos Porcos, publicado ainda durante a Segunda Guerra Mundial, revelou ser a alegoria perfeita (e profética) sobre a ascensão ao poder de Estaline e a consequente subversão dos ideais revolucionários.

Lida hoje, porém, é muito mais do que isso. É uma fábula sobre a queda moral dos regimes e a falência dos modelos teóricos de governação quando confrontados com a cupidez humana.

O mais popular livro de George Orwell, que foi recusado na altura por vários editores ingleses (inclusive pelo poeta T. S. Eliot) viria a tornar‑se um raro fenómeno de popularidade. Considerado um dos melhores romances de sempre pela revista Time e pela Modern Library, foi (e ainda é) uma das obras mais censuradas da história recente.

É, nesta versão, apresentada com o prefácio original de Orwell (nunca publicado) e ainda com o prefácio que o autor fez para uma célebre edição em ucraniano.

domingo, 24 de janeiro de 2021

DIVULGAÇÃO | 1984, de GEORGE ORWELL / DOM QUIXOTE - Tradução de Vasco Gato

 


1984 é talvez a mais arrepiante e realista visão que a ficção nos deu acerca dos regimes totalitários. Obra especulativa, projeta no futuro uma sociedade distópica e disfuncional, onde impera o Grande Irmão (ele próprio uma ficção dentro da ficção).

A hipervigilância a que são submetidas as personagens, o sentimento prevalecente de paranóia, a autocensura servem aqui para profetizar a ditadura perfeita, onde nem a liberdade de pensamento sobrevive.

Clássico absoluto, que o tempo tem vindo a refinar, ganha ano após ano uma nova atualidade – porque as formas de totalitarismo evoluem, mas o seu objetivo último não: a abolição da memória e do julgamento crítico.


sábado, 23 de janeiro de 2021

DIVULGAÇÃO | RIO PROFUNDO, de SHUSAKU ENDO / DOM QUIXOTE - Tradução de José David Antunes

 


Tudo se passa nas margens do Ganges, o rio sagrado da Índia, em torno de cinco japoneses que para aí convergem numa viagem que é tanto física quanto espiritual. Assombrados pelo seu passado, todos eles enfrentam uma ampla gama de dilemas morais e vão em busca de algo que perderam. Isobe, que chora a morte da mulher, procura um sinal da sua reencarnação. Kiguchi, um sobrevivente dos horrores da guerra na selva da Birmânia, tem esperança de poder dar descanso às almas dos camaradas que viu morrer na Autoestrada da Morte. Numada, escritor de contos para crianças que se separou dos animais que amava e sobreviveu a uma doença grave, procura conforto junto da Natureza.

Mas o Ganges é também o local do reencontro de Otsu, um padre japonês rejeitado pelos seus irmãos católicos, e Mitsuko, a mulher que o seduziu nos seus tempos de estudante universitário e que o tentou arrancar à sua fé cristã.

Último romance do autor, Rio Profundo confirma todos os argumentos que levaram a crítica internacional a considerar Shusaku Endo um dos grandes escritores do século xx.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

DIVULGAÇÃO | DA MEIA-NOITE ÀS SEIS, de PATRÍCIA REIS / DOM QUIXOTE

 

Num mundo assolado pela instabilidade, a pergunta da canção de Caetano Veloso mantém-se: «Existirmos: a que será que se destina?»

Escrita num registo de intimidade que nos envolve, esta narrativa segue a vida, presente e passada, de personagens que se cruzam e cujas opções de vida reflectem o que é prioritário em tempos de pandemia.

Da Meia-Noite às Seis é o regresso de Patrícia Reis ao espaço literário que define a singularidade, a subtileza e a sabedoria da sua voz: o território da complexidade das relações humanas e da busca de identidade.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Novidades Literárias | " O Sacrifício da Rainha", de Laurie R. King - Sherlock Holmes está de volta| Edições Saída de Emergência


Em Janeiro chega às livrarias uma obra premiada que será do agrado de todos os adeptos da literatura de mistério, trata-se de "O Sacrifício da Rainha" com chancela da Saída de Emergência podemos acompanhar Sherlock Holmes numa investigação.


Sinopse da obra:

1915. Sherlock Holmes está reformado e completamente dedicado ao estudo das abelhas quando uma adolescente tropeça literalmente nele em Sussex. Desajeitada mas muito determinada, a jovem Mary Russell impressiona o detetive com a sua inteligência, ousadia e vivacidade. Sob a tutela e proteção de Holmes, a jovem desenvolve os seus dotes para a investigação e prova estar à altura de ser parceira do detetive mais famoso do mundo.


Quando ambos são chamados a Gales para ajudar a Scotland Yard a encontrar a filha de um senador americano, esta parceria é colocada à prova. Este é um caso com ligações internacionais, e as pistas apontam para o passado de Holmes, onde um vilão se move nas trevas com jogadas precisas como num jogo de xadrez.

Pleno de dedução brilhante, dissimulação e perigo, este primeiro livro da parceria Mary Russell-Sherlock Holmes é o início de uma série aclamada internacionalmente.


Nomeado como um dos 100 melhores livros de mistério do século pela Independent Mystery Booksellers Association.

Texto: Redacção e Saída de Emergência

Foto capa: D.R.


Novidades Literárias | " O que contamos ao Vento" de Laura Imai Messina | Suma de Letras


Dia próximo dia 12 de Janeiro chega às livrarias o primeiro livro  da Suma de letras deste ano, chamado O que contamos ao vento, de Laura Imai Messina. Baseado na existência real do Telefone do Vento, é o belíssimo romance de estreia da autora. 

«Conheci o Telefone do Vento em 2011, quando já levava muitos anos a morar no Japão. Fiquei impressionada com a magia de um lugar que existe realmente, onde as pessoas pegariam no telefone de uma cabine fora de funcionamento para falar com os seus mortos. Um canto do mundo onde ainda se contam coisas ao vento, para que elas cheguem ao que estão agora do outro lado. A perda afecta a todos os seres humanos. Mais tarde ou mais cedo, ficamos para trás. Quem já amou um dia encontra-se nessa posição. Ainda assim, a história continua. O Telefone do Vento é o lugar onde o pensamento se torna palavra, e a palavra pesa menos no coração do que no pensamento. Uma pessoa tem de pôr os sentimentos em ordem para falar com outra. O Telefone do Vento ajuda a dar esse salto.»

 

O que diz a crítica:

«Uma história sobre a obstinada sobrevivência da esperança quando tudo o resto está perdido. Messina mostra-nos que, mesmo ante uma terrível tragédia, como um terramoto ou a perda de um filho, as pequenas coisas - uma chávena de chá, uma mão estendida - podem oferecer um caminho a seguir. O seu minimalismo meditativo transforma-o num notável haiku do coração humano.» The Times

«Contada delicadamente e com muito cuidado, esta parece uma história particularmente ressonante para estes dias.» Stylist

«Com a sua linguagem poética, este belo livro é uma pequena e tranquila história de amor e uma vasta e expansiva meditação sobre o luto e a perda.» Heat

A obra encontra-se já em pré-venda, e em tempos de reflexão parece-nos uma excelente escolha para juntar à biblioteca neste início de ano.

Texto: Redacção com Suma de Letras

Foto da Capa: Suma de Letras D.R.

sábado, 2 de janeiro de 2021

CRÓNICA | PALAVRAS AO VENTO, de ANITA DOS SANTOS

 


Memórias de infância, quem as não tem...

Umas doces, e queridas de relembrar. Outras nem tanto.

Como todos, tenho muitas, de umas e de outras. Gosto mais das primeiras (risos)!

Sempre tive uma imaginação muito viva, era sempre das primeiras a inventar brincadeiras num grupo de amigos da rua, em que desafiávamos mutuamente, para ver qual inventava a melhor brincadeira.

Meninos e meninas (poucas!), brincávamos na rua sem qualquer receio, com o consentimento da mãe, (o pai, estava no trabalho durante o dia, e só chegava ao cair da noite), que ditava as regras a serem cumpridas escrupulosamente, com a reprimenda de que, assim não sendo, iriamos recambiados para casa...

Eu, poucas vezes tinha autorização para ir par a rua brincar, Tinha, no entanto, uma excelente escapatória. Uma janela baixa, que dava para a rua e que eu amarinhava para fugir e ir ter com os meus amigos.

Brincava por ali perto, com uma orelha dentro de casa, não fosse a minha mãe aparecer, e eu ter de me enfiar dentro de casa... Nem que tivesse de ser de cabeça...

Joelhos e cotovelos esfolados, eram a ordem do dia. Mas tudo isso fazia parte da brincadeira e ninguém se ralava com tais trivialidades.

Passávamos horas intermináveis em grandes aventuras, perseguições, ou então em brincadeiras que eram habituais naquela altura: aos potes, às fitas, mamã dá licença, linda falua, ao eixo, e tantos outros de boa memória.

Já mais crescidos, e a andar na escola, havia uma actividade que nos era muito chegada ao coração, e ao estômago.

Por perto, existia uma fábrica de vários tipos de bolachas. Entre estes, aquele que nos interessava, eram as bolachas de baunilha..., pois claro...

Combinávamos entre todos, que no determinado dia em que sabíamos que na fábrica faziam venda na porta, juntávamos os nossos tostões, cada um dava o que tinha, um tinha dois tostões, outro tinha um, outro tinha três..., juntávamos tudo naquele dia e, rumávamos para a porta da fábrica munidos da nossa fortuna. Lá chegados, pedíamos a quem nos viesse atender, todo o nosso pecúlio, reunido a grande custo, em aparas, era isso que nós íamos caçar naquele dia!

Trazíamos de lá uma sacada de aparas de bolacha de baunilha, que continha muitas bolachas inteiras também, já eramos clientes habituais acarinhados.

Depois, era uma tarde bem passada, numa sombra, a enfiar as mãos no saco à vez, e a encher a barriga de bolachas.

Poucas coisas me souberam tão bem, e ainda hoje me parece que sinto aquele gosto na boca, e aquele cheiro sem igual.

Lembranças de infância, quem as não tem?


DIVULGAÇÃO | CHAMADA PARA O MORTO, de JOHN LE CARRÉ NAS LIVRARIAS EM MARÇO DE 2021

 A Dom Quixote tem o prazer de anunciar a publicação de Chamada para o Morto, o primeiro livro de John le Carré, que chega às livrarias em Março de 2021. Publicado pela primeira vez em 1961, esta edição tem a particularidade de incluir uma nova introdução do autor, escrita já em 2020, pouco antes do desaparecimento de le Carré, propositadamente para assinalar a passagem dos 60 anos deste livro. Traduzido, uma vez mais, por José Teixeira de Aguilar, é através das páginas de Chamada para o Morto que John le Carré apresenta e dá a conhecer ao leitor esse inquietante e inesquecível personagem, George Smiley, sem dúvida alguma um dos mais carismáticos da história da literatura inglesa e que viria, depois, a ser protagonista de várias outras famosas narrativas do escritor britânico.

Tal como acontece com grande parte da obra de John le Carré, também Chamada para o Morto foi adaptado ao cinema, com o título The Deadly Affair (1996), realizado por Sidney Lumet e com as interpretações, entre outras, de James MasonMaximilian SchellSimone Signoret e Harriet Andersson.

Em Chamada para o Morto, o funcionário público Samuel Fennan é vítima de um aparente suicídio. Quando Smiley percebe que Maston, o chefe do Circus, está a tentar culpabilizá-lo por essa morte, desencadeia uma investigação por sua conta, procurando a viúva de Fennan a fim de averiguar o que o teria levado a semelhante acto desesperado. Nesse mesmo dia em que Smiley é afastado da investigação, recebe uma carta urgente do falecido. Será que os alemães de Leste — e os seus agentes — sabem mais sobre a morte daquele homem do que o Circus anteriormente imaginava?

John le Carré, que faleceu no passado dia 13 de Dezembro, nasceu em 1931. Completados os estudos nas universidades de Berna e Oxford, foi professor em Eton antes de trabalhar nos serviços de informações britânicos durante a Guerra Fria. Em 1960 foi transferido para o MI6, o serviço de informações estrangeiras, tendo operado sob a capa de “segundo secretário” na embaixada britânica em Bona.
Foi durante esse período que descobriu a paixão pela escrita, publicando Chamada para o Morto em 1961 e Um Assassínio de Qualidade em 1962, antes de escrever aquele que é considerado um dos grandes romances do século XX, O Espião que Saiu do Frio. Com este romance a sua carreira estava lançada, e em 1964 abandonou o serviço para se dedicar inteiramente à escrita.
Em 1979A Toupeira foi adaptado pela BBC TV como série de sete episódios, com Alec Guinness como protagonista. A BBC adaptou posteriormente A Gente de Smiley para televisão, em 1982, também com Alec Guinness no papel de George Smiley.

Vários romances de le Carré foram adaptados ao cinema, entre os quais, A Casa da RússiaO Alfaiate do Panamá, O Fiel Jardineiro, Um Homem Muito Procurado e A Toupeira.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Os desejos da escritora Anita Dos Santos para 2021


Então vamos lá fazer um “balanço” - mais ou menos - do que ficou por fazer (suspiro…), do que pretendo fazer (risos!), e daquilo que desejaria que acontecesse.

Vamos a isso?

 

MK - O que ficou por fazer em 2020?

AS - É que nem sei por onde começar tantas foram as coisas que queria ter feito, e não fiz.

Queria ter terminado de tirar a carta de condução, e consegui só o código mesmo nos últimos dias do ano. Foi um pegar e largar o tempo todo devido à conjuntura em que vivemos, devido a problemas de saúde familiares que me impediram de o fazer.

Queria ter escrito mais, primeiro que tudo, e não consegui, pelos mesmos motivos que já referi. Isto foi uma das coisas que tive sempre presente nos meus pensamentos, “não tens escrito nada…”

Vamos ficar por estes dois “inacabados”.

 

MK - Projectos para o novo ano.

AS - Os projectos vão ser um reflexo do que ficou por cumprir, como é claro.

Vou em primeiro lugar “conquistar” a carta de condução (risos!), e em seguida dedicar-me de novo à minha escrita, aos meus livros incompletos, aos meus contos por escrever.

 

MK - Três desejos para 2021.

AS – Não sou mulher de formular desejos, ou grandes desejos. Por norma, peço para terceiros, e se tenho mesmo de pedir para mim, sou a última.

Assim, vou dizer que gostaria que o Mundo voltasse à normalidade, se é que isso é possível mais alguma vez. Quero acreditar que sim.

Vou pedir saúde para quem tenho em casa, para os meus familiares e amigos. Este é um daqueles itens sem o qual não podemos passar.

Por último, vou pedir boa sorte.

Pode parecer estranho, mas não é. Sem boa sorte consegue-se muito pouco na vida.

Assim, boa sorte para todos nós, e para mim também.

Os desejos da poetisa Regina Correia para 2021.


MK - O que ficou por fazer em 2020?

RC - Em 2020 ficaram pendentes certos e infelizes problemas (quase) insolúveis, perante a lei dos homens. Também mais participação activa em actividades culturais ficou por realizar, sem falar nos abraços por dar!  

 



MK - Projectos para o novo ano.

RC - No próximo ano, espero poder publicar mais um livro de poesia, fazer, pelo menos, uma viagem e cuidar melhor da minha saúde, de si, já muito frágil.

 

MK - Três desejos para 2021.

RC - Desejo-me, como ao mundo, mais Luz interior, melhor saúde física, psicológica e ambiental, e PAZ social.

Os desejos da escritora Vanessa Lourenço para 2021.


MK - O que ficou por fazer em 2020?

VL - Nada. O que queremos, nem sempre é o que precisamos. E confio que 2020 pode não me ter dado a concretização de tudo o que desejava, mas deu-me com certeza tudo o que eu precisava.

 

MK - Projectos para o novo ano.

VL - A publicação da edição inglesa do terceiro livro da minha trilogia. O resto... bom, posso adiantar que existem novidades no horizonte. Aguardemos para ver!

 



MK - Três desejos para 2021.

VL - Saúde, entusiasmo e resiliência para todos os que nos acompanham e suas famílias!

Os desejos da escritora Maria Cecília Garcia para 2021


MK - O que ficou por fazer em 2020?

MCG - O ano 2020 foi um ano muito especial, no qual só fiz aquilo que foi possível. Mas podia ter feito mais, podia ter acabado de escrever um livro que tenho entre mãos, a minha aventura no romance. Não foi a falta de tempo, foi o excesso de tempo confinado, que não permitiu disponibilidade psicológica para escrever. Creio que todos deixamos muitas coisas por fazer em 2020! 



MK - Projectos para o novo ano.
MCG - Não gosto de fazer projectos, mas de ter sonhos. Acabar o livro de que falei, isto a nível de escrita. A nível pessoal, poder fazer a recuperação da casa dos meus bisavós. Isto se o novo ano se apresentar mais suave e nos permita ter esperança.

MK - Três desejos para 2021.
MCG - O primeiro desejo, creio que é o desejo de todos nós, é o abrandamento, ou o fim, desta Pandemia, para que possamos retomar a vida normal.
Poder encontrar-me com os meus irmãos, a minha mãe, desfrutar dos meus netos e filhos. Desejo saúde a todos para que possam realizar os seus sonhos.
Manter-me viva e suficientemente louca para continuar a sonhar!


Os desejos do escritor Paulo Landeck para 2021


MK - O que ficou por fazer em 2020?

PL - Se excluirmos algumas abastadas minorias, penso ser de sentimento generalizado, que faltou viver quase todo o ano que agora finda (e não deixará saudades), em pleno. Mais uma vez, ficou adiado o casamento dos possíveis com impossíveis, em nome de verdadeira evolução…algumas promessas deram a cara, numa maquilhada imagem tão justa, quanto virtual.

No campo pessoal, faltou-me amparo do Estado. Como milhões que não choraram por outros milhões na tv, passo descalço pelas brasas.

Entrei neste filme em Março, em fase de contenda judicial (dura há pelo menos 2 anos), debilitado, completamente desprotegido, esgotadas todas as poupanças. Hesitei face a nova proposta de trabalho, ganhou o desconforto e resoluções pendentes. Confirmei cenário impensável, e deixei quase tudo o que tinha em mente para este ano, por fazer. Sobrevivo de cabeça quase erguida, pois sinto peso ao mundo, que me procura vergar. A viagem está por cumprir, navego.

É impressionante como a desresponsabilização de algumas pessoas jurídicas, associada à conivência ou disfuncionalidade do próprio sistema, oferecem efeitos devastadores na vida de cidadãos apanhados descalços, ou descalçados à força do penoso percurso.

Mesmo apesar de reconhecida validade de contrato pelo representante da seguradora Mútua dos Pescadores, no Juízo do Trabalho do Barreiro, não vi evolução “atempada” alguma, fiquei sem ter como investir na Justiça à portuguesa. Além da demora, com tudo o que isso implica, informaram-me que não deveria ter mais acesso a apoio judicial do Estado, uma vez que ganhava o suficiente para pagar do meu bolso; ora, um dos problemas (e depois de 16 anos ao mar), é que os factos de que me queixo, ocorreram precisamente nos primeiros dias de serviço prestado. Logo, como ganhava ao dia, o que recebi foi irrisório, além de não me ter sido paga a total quantia a que teria direito, segundo o que seria de esperar (e à semelhança de anos anteriores a prestar serviços à mesma empresa, a recibos verdes). – O que me conduziu a outro problema (recusei-me a passar recibo correspondente ao valor transferido e recebi mais um mimo das finanças).

 Foi mais um ano sem resolver uma situação extremamente ingrata, injusta, que se arrasta há demasiado tempo, castradora só por si, do que quer que fosse que tivesse para fazer em 2020.

Mas, tive o prazer de testemunhar como o representante da seguradora convidou tão alegremente o juiz para almoçar, num belo restaurante (peixe do melhor, garantia). Episódio a que sóbrio sobrolho levantado respondeu com desdém: “eu sou de comer pouco, e não é a estas horas. Trago o meu lanche no saco”.

Como se já não bastasse o condicionado acesso à Justiça em Portugal, o longo caminho por cumprir, é seguimento do quase tudo que faltou resolver, num país livre por cumprir. Irónico ver a vida em águas de bacalhau, quando de lá veio o dispensável problema. Aliás, o trato do responsável da empresa para quem prestei vários anos de serviço sem ter registado problema algum, foi qualquer coisa de ignóbil, dadas as pressões que até entendo, e outras que quem de direito saberá interpretar (a minha vida desprezada literalmente, nas suas mãos. Há prémios dos seguros, e assegurados prémios).

Faltou acima de tudo refazer-me da tempestade perfeita.

Maior negrume teria a retratar, dada a gravidade dos factos, ainda que possam parecer omissos em sede própria.

A minha esperança é poder transformar verdadeiro 31, em novo capítulo.

 

MK - Projectos para o novo ano.

PL - Vejo o próximo ano de forma muito cautelosa. Estou apreensivo, mas pronto para o combate. Reina o sentimento de revolta e instinto de sobrevivência, face à mais execrável crise de que tenho memória.

Tal como nos anos 30, Portugal não deixa de ser uma terra de muitos chapéus, e como diria Vasco Santana, “vamos embora, vamos ver a lontra!” – Temos de cuidar do nosso, para que os elefantes não o comam, e/ou estarmos atentos a novas oportunidades, quem sabe se até criá-las. Desde que contorne imagem de abominável figura, de insigne chapéu.

MK - Três desejos para 2021.

PL – Salto os votos de saúde para todos, pois deveria ser o primeiro desejo, mas as encomendas já foram feitas, e pagas.

Sonho ver resgatada humanidade, assente em pilares de ética e verdadeiro altruísmo.

Espero muito melhor índice de felicidade, pois é a medição que mais nos deve importar, enquanto sociedade que se quer livre - como aliás, não deixará nunca de ser desígnio.

 

Os desejos da escritora Ana Ribeiro para 2021.


MK - O que ficou por fazer em 2020? 

AR - Retomar as várias histórias que deixei paradas após a publicação do último livro, seguida de rescisão de contrato com a editora. 


MK - Projectos para o novo ano.

AR - O meu novo livro já está pronto, queria que saísse em Março, mas o mais provável é não ser possível. Na verdade, ainda me estou a decidir se publico com ou sem editora. 


MK - Três desejos para 2021. 

AR - Saúde. Saúde. Saúde.

Os desejos do escritor Rafael Loureiro para 2021.


MK - O que ficou por fazer em 2020?

RL - Apesar de achar que cumpri todos os meus objectivos, fica sempre a faltar promover mais a leitura de autores nacionais.

 

MK - Projectos para o novo ano.

RL - Fazer mais cinema com as Produções Nocturnus. 

 


MK - Três desejos para 2021.

RL - Muita saúde

- Muita coragem

- Muitas leituras

Os desejos do escritor Manuel do Nascimento para 2021.


MK - O que ficou por fazer em 2020?

MN - O Covid obrigou, e muito ficou por fazer!

Por exemplo: várias conferências lierárias; o salão do livro no sul de França; exposições e encontros literários.


MK - Projectos para o novo ano.

MN - Tudo o que foi cancelado em 2020, espero que se possa realizar em 2021, e se não todas, pelo menos a maior parte.

Tenho prevista uma nova edição histórica, que gostaria de poder apresentar em Lisboa no dia 09 de Abril, pela comemoração do Dia dos Combatentes, assim como estar presente nas comemorações oficiais Franco-portuguesas na Flandres no âmbito das comemorações da Batalha de la Lys (9 de Abril 1918), onde tenho marcado presença nos últimos dezasseis anos, e que acontecem anualmente durante o mês de Abril.

Tenho ainda um novo projecto entre mãos, uma nova edição francesa, sobre a História, mas que para já não quero descortinar o tema.

 

MK - Três desejos para 2021.

MN - Antes de mais, ter saúde e que esta pandemia acabe. Este é verdadeiramente o meu principal desejo.

-Encontrar um Mundo melhor com menos miséria.

-Poder regressar a Portugal, na medida em que durante o ano que finalmente terminou, todos os meus projetos foram cancelados devidos à pandemia.