Espécie de breviário fantasmático, Devastação confronta-nos com vidas destroçadas pelo preconceito, por sobressaltos políticos, fantasmas do passado, a crise económica e, ainda, os danos colaterais da pandemia.
O que aconteceu no baile de finalistas onde Ema debutaria? João Pedro fez tudo para não passar o Natal na companhia do pai. Ofélia não hesitou em denunciar o neto à polícia. Gilberta nunca mais foi a mesma desde que a impediram de celebrar o vigésimo quinto aniversário. Inês descobriu nas dunas do Guincho que era verdade o que ouvira dizer acerca dos dedos grossos dos homens. De que modo a mulher de Zé Maria destruiu a auto-estima do marido? Afinal, o que une os protagonistas destes contos?
Um livro do qual muito se irá falar ao longo dos 6 dias que durará a nova edição de Alvalade Capital da Leitura que, depois de no ano passado ter distinguido a vida e obra de Lídia Jorge, presta este ano homenagem a Eduardo Pitta que, tal como a autora de O Dia dos Prodígios, tem também fortes ligações ao Bairro de Alvalade.
Novamente com a curadoria do jornalista Carlos Vaz Marques, esta edição será inaugurada com um colóquio sobre poesia, a ter lugar na Biblioteca Nacional, dia 31 de Maio às 14h30, e prossegue, nos dias seguintes, com a inauguração de um mural público, dois debates temáticos, uma sessão memorialística, uma noite de música e poesia e, como não podia deixar de ser, a sessão de apresentação de Devastação, o novo livro do autor homenageado, em torno de quem assentam os quatro temas centrais da programação desta iniciativa: poesia, crítica literária, literatura LGBT e memórias do período colonial.
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