quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

ACTUALIDADE LITERÁRIA | Beco das Almas Perdidas, de William Lindsay Gresham, um noir dos anos 40 agora adaptado ao cinema mas ainda inédito em Portugal | Dom Quixote - Grupo LeYA


 Foto: D.R.


Beco das Almas Perdidas, de William Lindsay Gresham,  começa com a extraordinária descrição de

 um tragabichos – alcoólico e abjeto, alvo do deleitado nojo e escárnio da multidão voyeurista –

 durante a sua atuação numa feira  de província.

O jovem Stan Carlisle também trabalha nessa feira e pergunta a si mesmo como é que um homem pode

descer tão baixo. Nunca na vida, jura ele, lhe há de acontecer tal coisa. E uma vez que, além de

esperteza e ambição, Stan não é desprovido de um vantajoso laivo de falta de compaixão, em breve

começa a dar-se bem. Em palco, ele é o mentalista com uma bonita assistente (que não tarda a tornar-

se a sua atormentada mulher), sendo que depois se converte num consumado espiritista, ao serviço dos

ricos e crédulos nas suas casas bem mobiladas. Parece que o mundo está ao dispor de Stan. Pelo menos por enquanto.


Inédito em Portugal, Beco das Almas Perdidas é um

dos grandes clássicos do noir americano da década

de 1940. Uma obra-prima comparável a romances

como As Vinhas da Ira, de Steinbeck, pela sua

capacidade de traduzir literalmente as sombras da

Grande Depressão.

Nas livrarias a 25 de Janeiro

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