No final do século XIX, John Peter “Pitt”
Hornung, um intrépido jovem burguês de Middlesbrough, casa com Laura de Paiva
Raposo, filha de um industrial português, e avança para a construção, no mato
da Zambézia, daquela que viria a ser a maior indústria açucareira de Moçambique
e uma das maiores do mundo, e cujas subsidiárias continuam, até hoje, em
actividade (em Portugal, a SIDUL continua a ser a principal refinaria de
açúcar, e era uma das empresas da Sena Sugar). Mais de 130 anos depois da
fundação, os descendentes ingleses e portugueses de Hornung colaboraram para a
publicação deste livro, escrito pelo holandês Paul Laperre, antigo responsável
pelo estudo dos solos da Sena Sugar Estates, que conta, sem florear, a
extraordinária e por vezes dramática história da fundação, crescimento, triunfo
e queda daquela gigante açucareira que teve particular impacto na vida de
milhares de moçambicanos e portugueses. Considerando que a SSE ocupava um
território equivalente a um pequeno país é expectável que muitos portugueses,
cujas famílias tenham ligações a esta região de Moçambique, saibam do que se
trata quando se fala da Sena Sugar.
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