Instalada
numa antiga hospedaria de Lisboa, uma romancista observa a vida dos restantes
moradores – jovens que vivem em bando, enredados nas malhas do desejo de
independência e sede de protagonismo, sendo a figura central Leonardo, o
homem-estátua que quer quebrar recordes de quietude, aquele a quem todos os
outros admiram e procuram seguir no seu exemplo de superação e resistência.
Romance
de matriz urbana, cuja acção decorre em espaços reconhecíveis de Lisboa, como a
zona da Baixa e alguns bairros centrais da capital, O Jardim sem Limites, publicado pela primeira vez em 1995, fala-nos
sobre jovens do nosso tempo, heróis sem pátria, filhos sem família, mártires
sem Deus.
Na
verdade, a Casa da Arara, essa espécie de antro de experimentação de viver que
o grupo habita, acabará por ser o palco onde a metáfora da dispersão acontece.
Mas
este livro não se limita a colocar em acção os caminhos do desencontro.
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