Assistimos na era moderna ao
aparecimento de indivíduos que controlaram um conjunto aterrador de
instrumentos de controlo, persuasão e morte. Sociedades inteiras foram
reconfiguradas e guerras foram combatidas, muitas vezes no desrespeito cruel
pelas regras mais elementares. Na cúpula dessas sociedades estavam líderes
cujas personalidades de alguma forma lhes possibilitaram fazer o que quisessem.
O novo livro de Ian Kershaw é uma tentativa cativante, lúcida e provocadora de
entender esses líderes, quer operassem a nível global (Lenine, Estaline,
Hitler, Mussolini), quer tivessem um impacto sobretudo nacional (Tito e
Franco). Que tinham estes líderes, e que tempos foram aqueles em que viveram,
que lhes permitiu terem um poder irrestrito e mortífero? E o que suscitou o fim
dessa era? Num grupo contrastante de personalidades (Churchill, De Gaulle,
Adenauer, Gorbatchev, Thatcher e Kohl), Kershaw emprega as suas excecionais
qualidades para refletir sobre como estas outras figuras tão diferentes
chegaram a poder.
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