Este livro é um retrato de Bruno Candé, da sua vida e do seu legado para a família, para a cidade e para a Zona J (hoje Bairro do Condado), onde nasceu e cresceu e onde levou o teatro até outras crianças e jovens. Candé dizia que, tendo nascido ali, teria «tudo para dar errado». «Mas eu sou o Bruno Candé», repetia logo a seguir. Ele, um homem que via no escuro, para lá dos estigmas da pobreza e da discriminação racial.
Bruno Candé foi a primeira pessoa em Portugal cuja morte resultou numa condenação de crime motivado por ódio racial.
O homicida, de 76 anos, matou por preconceito contra a cor de pele. A justiça sentenciou que, a 25 de julho de 2020, Candé, de 39 anos, actor, lisboeta, pai de três filhos, morreu por racismo: uma palavra em que ele não acreditava.
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