Numa povoação do interior do Paraná, a escola oficial não vai além
dos primeiros anos, pelo que quase ninguém consegue passar do ensino básico.
Também os cuidados de saúde são precários, levando a que os males do corpo e da
alma sejam tratados com o que se tem à mão ou através da intervenção mágica de
feiticeiros e curadores.
É neste cenário que o protagonista de A Arte de Driblar Destinos
– um menino nascido no seio de uma família que se vê
constantemente em apuros para pagar os descalabros de um pai que não quer
ganhar juízo – é incentivado a prosseguir os estudos por uma professora
primária e acaba acalentando o sonho de se tornar professor e enganar o destino
que lhe estaria reservado.
Num romance-mosaico que toma a educação como motor e garante da
liberdade, o matemático e escritor Celso Costa parte de pequenos episódios
pessoais e coletivos para nos mostrar que, mesmo em ambientes permeados por
costumes ancestrais, os conhecimentos são sempre o que permite que se cumpra o
sonho de chegar mais longe.
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