A Floresta de Birnam. É este o nome do coletivo de cultivo de guerrilha que Mira Bunting fundou há cinco anos. Organização ilegal, cujas ações se concretizam na fronteira do crime e do altruísmo na Nova Zelândia, é um grupo ativista que, na clandestinidade, cultiva terrenos nos quais ninguém repara.
Há já algum tempo que o grupo se esforça por ser autossuficiente, e, por fim, Mira parece descobrir uma possibilidade. Aquilo que lhes permitirá resistir a longo prazo resulta de um deslizamento de terras junto ao desfiladeiro de Korowai, que cortou a passagem para a cidade de Thorndike. A Natureza cria assim uma oportunidade na forma de uma grande quinta aparentemente abandonada.
Contudo, Mira não é a única com os olhos postos em Thorndike, pois Robert Lemoine chegou primeiro. Um enigmático multimilionário norte-americano, que construiu a sua fortuna em cima das novas tecnologias, quer ali construir um bunker para fazer frente ao apocalipse — ou é isso que diz a Mira quando se cruzam na propriedade.
Seduzido pela audácia desta, Lemoine sugere-lhe que se sirva daquelas terras. Mas será que podem confiar nele? E, quando a ideologia enfrentar o teste derradeiro, podem os elementos do grupo confiar uns nos outros? Além disto, a colisão entre dois mundos desencadeará uma reflexão brilhante de intenções, ações e consequências que colocam, em última instância, uma questão: até onde está cada um de nós disposto a ir para assegurar a sua própria sobrevivência — e a que custo?
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