Na sequência de uma batalha
menor entre dois reinos do Sul da Índia do século XIV, há muito esquecidos, uma
rapariga de nove anos tem um encontro divino que irá alterar o curso da história.
Depois de assistir à morte da mãe, Pampa Kampana, dominada pela dor, torna-se o
veículo de uma deusa, que começa a falar pela boca da rapariga. Concedendo-lhe
poderes que estão para lá da compreensão de Pampa Kampana, a deusa diz-lhe que
ela será determinante no surgimento de uma grande cidade chamada Bisnaga – «a
cidade da vitória» –, a maravilha do mundo.
Ao longo dos 250 anos subsequentes,
a vida de Pampa Kampana virá a estar profundamente interligada à de Bisnaga,
desde o literal lançamento à terra de um saco de sementes mágicas até à sua
trágica destruição da mais humana das maneiras: a arrogância dos que detêm o
poder. Conferindo existência a Bisnaga e aos seus cidadãos por meio de
sussurros, Pampa Kampana tenta levar a cabo a tarefa que a deusa lhe confiou:
dar igual representação às mulheres num mundo patriarcal. Mas todas as
histórias têm tendência para fugir ao seu criador, e Bisnaga não é exceção.
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