Vassili Grossman
era correspondente do Estrela Vermelha (jornal do exército soviético) quando
escreveu O Povo é Imortal em dois meses, em 1942, para ser publicado em
fascículos no jornal.
Este romance
abrange um breve período no final do verão de 1941, quando a Rússia estava a
sofrer pesadas perdas após a invasão das tropas alemãs em junho desse ano.
Grossman
relatou a ação em primeira mão, e os seus conhecimentos transparecem nos
pormenores que dá sobre a vida militar, a crueldade dos bombardeamentos, ou o
impacto de uma ordem que proíbe a rendição ou a retirada.
A narrativa
centra-se num grupo de tropas russas cercadas e nos seus esforços para romper
as linhas
do inimigo. O
soldado da linha da frente é representado pelo agricultor Ignátiev, alegre e
corajoso. Mais acima na hierarquia está o ponderado e severo comissário de batalhão
Bogariov, um antigo académico cuja leitura de textos militares clássicos o leva
a questionar a estratégia oficial.
Este romance
foi a contribuição de Grossman para o esforço de guerra. Mais importante ainda,
lançou as bases para as vastas telas do autor sobre o tempo de guerra: Stalinegrado
(1952) e Vida e Destino (1980).
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