A 4 de março de 1528 um peregrino, em Jerusalém, sonha com o dia em que chegou ao Faial, exatamente cinquenta anos antes, e se apaixonou por D. Brites de Macedo, a mulher do capitão da ilha.
Enquanto o dia a dia das ilhas decorre com sobressaltos, como a falta do sal ou as tropelias de uma baleia, em Jerusalém o peregrino confessa-se a um padre anão, que resolve acompanhá-lo aos Açores quando sabe que reside aí um padre que prega a devoção a Deus pela alegria em vez da penitência e do temor.
Nas ilhas, aonde vão chegando os ecos da modernidade que vai mudando o mundo, há assassinatos por resolver, um endemoninhado atormentado, um padre falso, destinos inesperadamente fatais, um navio que explode e duas viúvas que descobrem a felicidade do prazer. E tudo é observado por uma moça tão simples que nem percebe o que é o pecado.
Finalmente, o peregrino Rufino regressa para completar os seus dias ao lado da capitoa; ao chegar, conta-lhe o sonho em que viu o Faial como um jardim das delícias, à beira da Jerusalém celestial…
Sem comentários:
Enviar um comentário