Cerco de Budapeste,
dezembro de 1944. O Exército Vermelho encontra-se nas proximidades da cidade
desde novembro e está prestes a conquistar a capital húngara.
Nos dias que antecedem o
Natal, uma jovem mulher de vinte e cinco anos, Erzsébet, procura refúgio para o
seu pai, um famoso cientista, astrónomo e matemático que é perseguido pela
Gestapo e por militantes do Partido da Cruz Flechada devido às suas conhecidas
simpatias liberais. Depois de o deixar em segurança num minúsculo esconderijo
subterrâneo, Erzsébet refugia-se na cave do prédio em frente, juntamente com os
habitantes desse e de outros prédios das redondezas.
Aí permanece durante as
quatro semanas que durará o cerco do Exército Vermelho a Budapeste.
Nesse submundo escuro,
fétido e caótico, onde as pessoas se amontoam em colchões e as tensões estão ao
rubro, Erzsébet nunca deixará de acreditar que a «libertação» há de vir, que os
russos chegarão em breve e que tudo irá mudar. Finalmente, nas primeiras horas
do dia 19 de janeiro, o primeiro soldado soviético aparece à porta do abrigo,
mas nada será como Erzsébet tinha imaginado.
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