Em novembro de
2015, o narrador, um escritor e jornalista com formação científica, desloca-se
a Paris para assistir à Cimeira do Clima (COP21), poucos dias depois dos
atentados jihadistas.
A crise que paira
sobre a cidade parece espelhar uma crise mais íntima: aquela que atravessa a
sua relação com Lorenza. Na procura de um sentido para tudo o que está a viver,
para os seus medos e dúvidas, enquanto prepara um livro sobre os efeitos
radioativos da bomba atómica, cruza-se com várias personagens atípicas, que
serão mais relevantes do que imagina. Uma das coisas que casualmente irá
descobrir é que, no caso de uma grande catástrofe mundial, a Tasmânia é um dos
melhores lugares para procurar refúgio. Mas a sua crise não é, decididamente,
só sua: é a crise de todos nós, das nossas vidas e do planeta.
Tasmânia é um romance sobre o futuro. O futuro que tememos e desejamos, aquele
que não teremos, que podemos mudar, que estamos a construir.
Um romance
sensível e contemporâneo, que aborda o tema do apocalipse em todas as suas nuances:
as alterações climáticas, o terrorismo religioso, a cultura do cancelamento, a
fragilidade da amizade, os casamentos desfeitos e a paternidade falhada – e,
por detrás de tudo, a ameaça da bomba atómica.
O medo e a
surpresa de perder o controlo são os sentimentos do nosso tempo, e a voz terna
de Paolo Giordano consegue expressá-los como ninguém.
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