Figura polémica antes e depois do 25 de Abril, Carlos Antunes entrou na clandestinidade aos 21 anos para combater o Estado Novo.
Viveu em Paris e Bucareste, onde foi responsável pela Rádio Portugal Livre, uma emissora do Partido Comunista Português que fazia oposição à ditadura, com um noticiário transmitido em onda curta a partir da Roménia.
Em 1970, declarando-se «anti-estalinista», rompeu com o partido de Cunhal em protesto pela invasão soviética da Checoslováquia.
Já sem a rede do PCP, formou as Brigadas Revolucionárias, que seriam responsáveis por vários atentados, e viu o seu nome ser divulgado pela PIDE como o de um delinquente perigoso. Ainda assim, conseguiu evitar a cadeia até à revolução de 1974. Seria já em democracia que acabaria preso, acusado de autoria moral de assaltos a bancos e da decapitação de uma estátua de Salazar em Santa Comba Dão.
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