Um maravilhoso elogio à solidariedade e à leitura.
Diagnosticado com uma doença cardíaca grave, um jovem decide escrever o Livro da sua vida – e escrevê-lo literalmente com o coração.
Sempre ao lado da mulher, leva trinta anos para completar a empreitada, passando fome e privações e vivendo a crédito, esperando pagar as dívidas quando o Livro for publicado.
Assim que o termina, manda as folhas dactilografadas ao seu editor, mas este nunca as recebe. O desespero leva o casal e os amigos e vizinhos a uma busca desesperada em todas as estações de Correios do mundo, até que o editor dá a entender que finalmente recebeu o livro. Só que não era o Livro…
Então, começam a chover livros assinados com o nome do escritor, e o povo começa a ler desenfreadamente, tornando a leitura um fenómeno à escala global.
«É uma injustiça ler em três horas o que tanto tempo se levou a criar. O Livro tem magia e vida dentro, é um passeio pelo melhor que somos, um derrame de imaginação e de amor pela leitura, os leitores, os escritores, teu povo e toda nossa gente. Tem momentos de grande beleza poética, e mais, tem uma poética sustentada que não se perde nem quando acelera, às vezes com força demasiada. Gosto das imagens, tantas, por exemplo, que o mundo é uma biblioteca, que os livros podem ser deixados junto a jarras de água nas janelas das casas, e que o som da palavra cria caramelos na boca. E gosto do amor entre as personagens, a vida que contas e as incógnitas que não revelas. Gabo e Mercedes estão presentes, sem necessidade de nomes, a Academia Nobel se torna onírica e o José português descobre, ou não, bibliotecas universais. É uma novela estupenda, para ser repartida pelo mundo.»
Fragmentos de uma carta de Pilar del Río ao autor
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