Até 2016, a cada verão, fomos tristemente habituados às imagens dos fogos que avançavam pelo País. Nos televisores, o desespero e o crepitar das labaredas preenchiam os noticiários.
Em junho e outubro de 2017, quando julgávamos que a tristeza daquele «hábito» não podia ser maior, 115 pessoas perderam a vida, e Portugal, de luto, era um País inteiro incrédulo, ferido de morte pela tragédia que parecia não ter explicação.
«Ainda aqui estou», diz um dos sobreviventes.
É dos que morreram, mas, sobretudo, dos que ainda aqui estão que este Retrato faz e conta a história: bombeiros apanhados pelas chamas que deviam ajudar a combater, voluntários que se fizeram à estrada pela primeira vez, famílias que perderam a casa e a empresa. E também dos velhos que, sozinhos, viram o fogo avançar.
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