Nos confins da
alma humana há um espaço peculiar onde o ridículo e a vaidade se encontram e
dançam uma valsa desajeitada. É nesse terreno pantanoso que nasce o nosso
protagonista, um homem cuja principal façanha é ser um asno presunçoso. Um
mestre em parecer sábio sem sê-lo, em falar alto e dizer pouco, em julgar o
mundo do alto da sua imaginária torre de marfim.
Estas crónicas não
pretendem ser um exercício de crueldade, mas antes um espelho sarcástico onde,
com sorte, alguns de nós poderão reconhecer pequenos reflexos da nossa própria
asnice.
Através dos seus
feitos e desfeitos, dos seus discursos pomposos e decisões desastradas,
revelam-se não só os ridículos do personagem, mas também os da humanidade que,
mais vezes do que gostaríamos de admitir, partilha um pouco da sua presunção.
Prepare-se, caro
leitor, para seguir as aventuras e desventuras de um homem que, na ânsia de
parecer mais do que é, acaba por ser muito menos do que poderia ser.
Que estas páginas
sejam sobretudo um convite a boas risadas.
E sendo esta uma obra de ficção, qualquer semelhança
com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido
mera coincidência.
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