segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
ESPERA POR MIM, de ANTÓNIO MOTA | EDIÇÕES ASA
Saul Antonino nunca tinha feito uma viagem de comboio sozinho. Enfrentar o desconhecido era um bocado assustador. Dois ou três dias antes da partida, sonhou que o comboio parava e ele não conseguia levantar-se para sair da carruagem porque estava colado ao lugar, e quanto mais força fazia para se libertar, mais lá ficava preso. Sentia que os pés estavam colados aos ténis, e os ténis estavam colados ao chão. Estar no centro desta aventura autêntica também era muito excitante. Era bom conseguir fazer as tarefas novas sozinho.
Sabia-lhe bem crescer.
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