sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

AUTORES INTERNACIONAIS | DAN BROWN


O escritor norte-americano Dan Brown nasceu em 1965 em New Hampshire, nos Estados Unidos da América, sendo filho de um professor de Matemática e de uma intérprete de música sacra. Brown estudou no liceu local e mais tarde licenciou-se na Universidade de Amherst. Mudou-se para Los Angeles onde tentou fazer carreira como compositor, pianista e cantor. No entanto, este plano de vida fracassou e Dan Brown acabou por ir estudar história da arte em Sevilha, em Espanha. Entretanto, a meias com a mulher, escreveu o livro 187 Men to Avoid: A Guide for the Romantically Frustrated Woman. Em 1993 regressou a New Hampshire para se tornar professor de inglês na escola onde tinha estudado. Passados dois anos, os serviços secretos norte-americanos foram à sua escola buscar um aluno que consideravam uma ameaça nacional por ter escrito, na Internet, que era capaz de matar o presidente Bil Clinton. Dan Brown ficou tão interessado no assunto que começou a fazer pesquisas sobre a Agência Nacional de Segurança. Acabou por resultar desse interesse a escrita do seu primeiro romance Digital Fortress, que foi lançado em 1996 com algum sucesso. 

Era um romance baseado na violação de privacidade e em conspirações, tendo por sustentação as novas tecnologias.

Quatro anos depois do seu romance de estreia, lançou Angels and Demons, seguindo-se em 2001 Deception Point. Finalmente, em Março de 2003, Dan Brown lançou no mercado norte-americano The Da Vinci Code (O Código Da Vinci), que logo no primeiro dia vendeu mais de seis mil exemplares, tendo-se tornado num dos livros mais vendidos de sempre em todo o mundo, com publicações em 42 línguas.

O Código Da Vinci é um romance policial que tem como protagonista um simbologista norte-americano. Através da obra de Leonardo Da Vinci, onde encontra várias mensagens codificadas, tenta arranjar provas para desvendar um segredo com centenas de anos. No livro surgem instituições como a Opus Dei e o Priorado do Sião.

A obra chegou a Portugal em 2004 e ao fim de poucos meses atingiu as onze edições. O sucesso deste livro levou a que fosse anunciada uma adaptação cinematográfica e uma sequela literária.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

AMOR NA GRANDE CIDADE, de SANG YOUNG PARK | DOM QUIXOTE

Adaptado à televisão, traduzido em mais de uma dezena de línguas, este é um romance tocante e divertido sobre um jovem gay em busca da felicidade na grande e solitária cidade de Seul.

Young é um estudante cínico e sem cheta, mas simpático e divertido, que salta constantemente da cama para as aulas e das aulas para as camas dos parceiros que vai arranjando no Tinder. Ele e Jaehee - a sua melhor amiga e companheira de casa - frequentam juntos os bares da vizinhança, onde afogam as mágoas e preocupações com o dinheiro e a família e partilham a ansiedade em relação à sua vida amorosa.

Porém, com o tempo, Jaehee tem de deixar Young porque decide casar-se e este não tem outro remédio senão procurar companheirismo e amizade entre os dois homens com quem se relaciona, um dos quais é tão excessivamente bonito como frio, enquanto o outro bem pode ser o grande amor da sua vida. A juntar a tudo isto, Young tem a dado momento de cuidar da mãe doente, mesmo que ela nunca tenha apoiado as suas orientações na vida.

Brilhantemente escrita, esta história levar-nos-á à noite fulgurante de Seul e às suas manhãs enevoadas, com humor e emoção, constituindo um retrato irónico e inteligente da solidão vivida nas grandes metrópoles. Celebrado como uma das melhores estreias dos últimos anos, Amor na Grande Cidade, de Sang Young Park, esteve meses entre os cinco livros mais vendidos de ficção na Coreia, teve 26 edições e foi elogiado pela crítica por revelar uma voz literária única, tendo rapidamente conquistado o mercado mundial.

Críticas de imprensa
«Uma estreia eletrizante que capta perfeitamente a vida dos jovens do nosso século.»
Oprah Daily

 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

SIMPATIA, de RODRIGO BLANCO CALDERÓN | DOM QUIXOTE

Uma das provas de que um país chegou ao cúmulo da miséria e do caos é a quantidade de cães que deambulam, famintos, pelas suas cidades, abandonados pelos que partiram antes de tudo bater no fundo.

Ulises mora em Caracas no apartamento da mulher e dá aulas num workshop de cinema, mas tem cada vez menos alunos. Paulina - que nunca quis filhos e tampouco lhe permitiu ter um cão - decidiu ir-se embora do país… e não o levar. Mas, quando tudo começava a desmoronar-se na vida de Ulises, Nadine, uma paixão antiga, regressa à Venezuela; e, por outro lado, o sogro - o General Martín Ayala, que em tempos foi próximo de Hugo Chávez - deixa-lhe em testamento o enorme casarão da família, sabendo que só Ulises será capaz de pôr de pé nesse edifício uma fundação que acolha, trate, alimente e, se necessário, dê até sepultura a todos os cães abandonados de Caracas. A Paulina e ao irmão gémeo, curiosamente, não deixa nada…

Entre as intrigas terríveis de Paulina e os lençóis da enigmática e volátil Nadine, Ulises será o cão vadio que recebe os restos da simpatia dos demais. Com um refinado sentido de humor e uma mestria narrativa difícil de encontrar, Rodrigo Blanco Calderón oferece-nos um romance magistral, tragicómico e grotesco sobre cães, amor, cinema, herança e identidade - e reflete de forma bastante irreverente sobre o chavismo e as míticas figuras do Libertador Simon Bolívar e… do seu cão.

Críticas de imprensa
«Blanco Calderón fala de “cães e homens”, da sua luta pela sobrevivência, do seu sofrimento… e da sua esperança.»
ABC Cultura

 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

A PRAÇA DO DIAMANTE, de MERCÈ RODOREDA | DOM QUIXOTE


Publicado originalmente em 1962, A Praça do Diamante é considerado o romance catalão mais importante de todos os tempos.

Barcelona, início da década de 1930. Natàlia, uma bonita e humilde mulher do bairro operário de Gràcia, hesita quando um estranho a convida para dançar na festa da Praça do Diamante. Mas Quimet é encantador e enérgico, e ela segura-lhe a mão.

Casam-se e logo têm dois filhos; para Natàlia é um despertar, bom e mau. Quando Quimet decide criar pombos, os pássaros encantam o filho e a filha - e enfurecem a mulher. Eclode então a Guerra Civil de Espanha, que devasta a cidade e a sua vida simples. Natàlia permanece em Barcelona, lutando para alimentar a família, enquanto Quimet vai lutar contra os fascistas, e um a um os seus adorados pássaros voam para longe.

Um clássico altamente aclamado, traduzido para mais de trinta línguas, A Praça do Diamante é a história comovente, vívida e poderosa de uma mulher apanhada num período convulsivo da história.

Críticas
«A Praça do Diamante é, em meu entender, o mais belo romance que se publicou em Espanha depois da guerra civil.»
Gabriel García Márquez

Críticas de imprensa
«A beleza feroz da escrita de Rodoreda faz deste romance uma das obras-primas da literatura europeia moderna.»

Independent 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

AUTORES INTERNACIONAIS | AMOR TOWLES


Amor Towles é o autor de As Regras da CortesiaUm Gentleman em MoscovoLincoln Highway e, por último, Mesa para Dois. Os seus romances, todos bestsellers do New York Times, foram incluídos nas listas de melhores livros do ano em dezenas de publicações, tendo sido traduzidos para mais de 40 línguas e vendendo no total mais de oito milhões de exemplares. O autor publicou ainda alguns contos nas revistas Paris ReviewGranta e Vogue. Nascido e criado em Boston, Amor Towles formou-se na Universidade de Yale e tirou o mestrado em Literatura Inglesa em Stanford. Depois de trabalhar mais de vinte anos na banca de investimento, Towles dedica-se hoje apenas à escrita. Vive em Manhattan com a mulher e os dois filhos.

Mais informações no site do autor: www.amortowles.com

domingo, 23 de fevereiro de 2025

MESA PARA DOIS, de AMOR TOWLES | DOM QUIXOTE

É com Pushkin que começa este livro - não o famoso escritor, mas antes um camponês, também ele uma espécie de poeta, que por amor à mulher (uma deslumbrada comunista) se muda para Moscovo em 1918. Na grande metrópole, descobre os limites da revolução proletária (é despedido num ápice) e o rosto da nova Rússia: falta tudo, o pão, o leite, os medicamentos… Sem desanimar, encontra um novo afazer, guardar lugar nas filas. E é graças ao seu talento que, após várias peripécias, acaba por partir para Nova Iorque no fim de 1929. Nada é inocente na escrita de Amor Towles. O facto de a primeira história começar na Rússia e acabar nos Estados Unidos estabelece a ponte entre este livro e os dois primeiros romances do autor: As Regras da Cortesia (Nova Iorque, anos 30) e Um Gentleman em Moscovo (que arranca no despontar da União Soviética).

Estabelece ainda outro paralelo. As cinco histórias que se seguem, embora ambientadas em Manhattan, são herdeiras de Gogol, Tchékov ou até Pushkin, eivadas pela mesma deriva moral, pelo existencialismo, a duplicidade, o vício, o amor ao belo. É também este universo que o autor transporta para o breve romance que encerra este livro: Eve em Hollywood. Aqui, Amor Towles recupera uma das suas grandes criações, Evelyn Ross, que perdêramos de vista em As Regras da Cortesia. A personagem, de estonteante beleza, rasgada por uma profunda cicatriz, reaparece agora em Los Angeles, em 1938. E com ela redescobrimos o noir americano, pisamos o terreno antes trilhado por Chandler - não na pista de um crime, mas como investigadores dos profundos recessos da alma humana. Mesa para Dois é isto, seis contos e uma novela que nos devolvem um dos mais extraordinários escritores americanos contemporâneos, no auge do seu talento narrativo.

Críticas de imprensa
«É capaz de ser o melhor livro de Towles até agora. Cada uma das histórias deixa-nos deliciados como o prato principal de um grande chef; repletas de drama, inteligência, erudição e, acima de tudo, coração.»
Los Angeles Times

 

sábado, 22 de fevereiro de 2025

A ESCOLHA DE KARLA, de JOHN LE CARRÉ | DOM QUIXOTE

Ambientado na década ausente entre os dois emblemáticos romances protagonizados por George Smiley, O Espião que Saiu do Frio e A Toupeira, este é um extraordinário e empolgante regresso ao mundo do mestre da espionagem John le Carré, escrito por Nick Harkaway, filho do autor e romancista aclamado.

Corre a primavera de 1963 e George Smiley deixou o Circus. Com os destroços da guerra de espionagem do Ocidente contra os soviéticos espalhados por toda a Europa, Smiley está apenas concentrado numa vida mais tranquila. E, efetivamente, com o casamento mais estável do que nunca, correm rumores em Whitehall - não confirmados e algo escandalosos - de que é capaz de estar quase feliz.

Mas o Controlo tem outros planos. Um agente russo desertou nas circunstâncias mais invulgares e o homem que o mandaram matar em Londres está desaparecido. Smiley aceita com relutância desempenhar uma única e simples tarefa, a de entrevistar Susanna, uma imigrante húngara empregada do homem desaparecido, e farejar uma pista. Mas, na sua ausência, as sombras de Moscovo foram-se alongando. Smiley não tardará a ver-se embrenhado num perigoso mistério que definirá as batalhas futuras e atingirá o coração do seu maior inimigo...

Críticas
«Uma encarnação brilhante e quase misteriosa da voz e do mundo de Le Carré - e um excecional romance de espionagem por direito próprio.»
William Boyd

 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

AUTORES INTERNACIONAIS | PAOLO COGNETTI


Paolo Cognetti (Milão, 1978) é um dos escritores italianos mais apreciados pela crítica e amado pelos leitores. Há anos que se divide entre a cidade e uma casa a dois mil metros de altitude. Estreou-se com o volume de contos Manuale per ragazze di successo (2004), a que se seguiu Una cosa piccola che sta per esplodere (2007) e o livro de viagem New York è una finestra senza tende (2010). Em 2012, publicou o seu primeiro romance Sofia si veste sempre di nero, finalista do Prémio Strega, e, no ano seguinte, O Rapaz Selvagem, o relato romanceado da sua vida na montanha. É ainda autor do livro ilustrado Tutte le mie preghiere guardano verso ovest (2014) e de A pesca nelle pozze più profonde. Meditazioni sull'arte di scrivere racconti (2014), e responsável pela antologia de contos New York Stories (2015).

As Oito Montanhas (2016), a sua obra de estreia em Portugal, fascinou editores por todo o mundo, e recebeu o Prémio Strega, Prémio Strega Giovani, o Prix Médicis Étranger, o Prémio Leggimontagna, o Prémio ITAS Libro di Montagna, o Prémio Viadana e o English Pen Translates Award.
A Dom Quixote publicou ainda O Rapaz Selvagem – Caderno de Montanha e Sem nunca Chegar ao Cimo – Viagem aos HimalaiasLá em Baixo no Vale é o seu mais recente romance.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

LÁ EM BAIXO NO VALE, de PAOLO COGNETTI | DOM QUIXOTE

Há animais livres, soturnos e selvagens, e outros que procuram a calidez de uma mão e um refúgio. No meio, entre a sombra e o sol, corre o rio. Os dois irmãos são Luigi e Alfredo, um larício e um abeto; a dividi-los há uma casa lá em cima, na montanha, e a aproximá-los o balcão do bar. Há depois Betta, que toma banho na torrente e espera uma menina. Neste romance duro e polido como uma pedra, Paolo Cognetti desce dos glaciares do Monte Rosa para ouvir os embates da vida no fundo do vale. A sua voz canta as existências frágeis, perdidas atrás da raiva, do álcool, e uma força misteriosa que as arrasta cada vez para mais baixo, levando consigo todas as coisas. Ao longo do Sesia, como em todo o mundo, só os animais e as árvores permanecem em silêncio a sofrer a dor do homem.


Num ritmo rápido e com a linguagem tersa dos grandes autores, Paolo Cognetti escreveu o seu Nebraska.

Críticas de imprensa
«Uma soberba fábula alpina sobre o destino de dois irmãos.»
Le Figaro littéraire

 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

AUTORES NACIONAIS | CARLOS REIS

Carlos Reis é professor catedrático emérito da Universidade de Coimbra. Autor de mais de trinta livros, vários deles publicados fora de Portugal; ensinou em universidades de Espanha, dos Estados Unidos e do Brasil. Uma parte da sua investigação foi consagrada a Eça de Queirós, sendo coordenador da respetiva Edição Crítica (em publicação pela Imprensa Nacional). É responsável pelo projeto de investigação «Figuras da Ficção» (Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra).
Dirigiu a História Crítica da Literatura Portuguesa (nove volumes), foi diretor da Biblioteca Nacional (1998-2002), reitor da Universidade Aberta (2006-2011), presidente da Associação Internacional de Lusitanistas (1999-2000) e comissário para o Centenário de José Saramago (2022). Recebeu os prémios Jacinto do Prado Coelho (1996), Eduardo Lourenço (2019) e Vergílio Ferreira (2020).
 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

DIÁLOGOS COM LÍDIA JORGE, de CARLOS REIS | DOM QUIXOTE


 «Trata-se de um texto a dois, duas faces sem nenhuma das quais, de forma igual, não existiria a moeda. Só tenho de lhe agradecer por acreditar que os meus testemunhos poderão ter interesse para um determinado público. Sobre a dimensão desse eventual interesse, nada posso garantir, mas o que posso assegurar é que entrei neste jogo com simplicidade e alegria, falando como escrevo os meus livros, com a ideia de que a perfeição é uma seta disparada para um lugar incerto que não tem figura.»

Lídia Jorge, Teoria e Prática

Nota do autor
«[…] o que está em causa nestes Diálogos com Lídia Jorge é, antes de mais, um desafio: o de tentar chegar, por sucessivos e cautelosos avanços, ao pensamento da escritora, expresso em função de interrogações que trazem em si a hipótese de um conhecimento em construção, incompleto ou até precário.»
Carlos Reis, Nota Prévia

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

AUTORES NACIONAIS | MANUEL ALBERTO VALENTE


Manuel Alberto Valente nasceu em Vila Nova de Gaia, em Novembro de 1945, e é licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, cidade onde reside. Depois de uma breve passagem pelo jornalismo, tem dedicado toda a sua vida à atividade editorial.

Publicou quatro livros de poesia: Cartas para Elina (1966), Viola Interdita (1970), Os Olhos de Passagem (1976) e Sete (desen)cantos (1981), estando representado em diversas antologias nacionais e internacionais.
Em 2008, foi agraciado pelo Governo francês com o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras.
Enquanto editor, Manuel Alberto Valente passou pela editora Dom Quixote, pela Asa, e pela Divisão Editorial e Literária de Lisboa da Porto Editora.
Em julho de 2021 foi agraciado com a Ordem de Isabel a Católica pelo Reino de Espanha «por toda a sua relevante trajetória e apoio aos autores e, em geral, à literatura em espanhol».

domingo, 16 de fevereiro de 2025

POESIA SUBSTANTIVO FEMININO, ORG. de MANUEL ALBERTO VALENTE | DOM QUIXOTE


A qualidade média da poesia escrita por mulheres nascidas depois de abril de 1974 é, em linhas gerais, na opinião do organizador desta antologia, Manuel Alberto Valente, superior à escrita por homens nascidos no mesmo período histórico.

Quando passam 50 anos do 25 de abril, esta antologia pretende oferecer um panorama abrangente do que é hoje a poesia portuguesa escrita por mulheres nascidas depois do 25 de Abril de 1974; e não espantará, portanto que sejam muito diferentes, por vezes quase antagónicas, as vozes que aqui se fazem ouvir.

Uma antologia que não existiria se não fossem estes 50 anos de liberdade.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

NEM TODAS AS ÁRVORES MORREM DE PÉ, de LUÍSA SOBRAL | DOM QUIXOTE


Este é um romance sobre duas mulheres unidas pela desilusão e pelos cinquenta anos mais tristes da história da Alemanha. Com uma estrutura muitíssimo original e uma galeria de personagens inesquecível, Nem Todas as Árvores Morrem de Pé marca a estreia fulgurante de Luísa Sobral na ficção.

Emmi, que nasceu pouco antes de Hitler ascender ao poder na Alemanha, perde o pai na guerra e tem uma adolescência difícil, trabalhando desde muito cedo para ajudar em casa. É num bar aonde vai com os amigos depois do trabalho que conhece Markus, um homem de Berlim Leste que lhe escreve cartas maravilhosas e por quem se apaixona perdidamente.

Apesar de a mãe torcer o nariz ao seu casamento num momento em que a Guerra Fria está ao rubro, a irmã apoia-a, e Emmi acaba por ir viver com Mischa, como lhe chama, para a RDA. Inicialmente, tudo corre bem, mas, depois de o Muro de Berlim ser erguido, a separação da família e a chegada de uma carta anónima deixam-na na mais profunda depressão.

M. nasce após a divisão das duas Alemanhas e é o fruto perfeito do socialismo: com uma mãe ausente e educada por uma ama que adora plantas, M. idolatra o pai, desconhecendo por completo o mundo ocidental e crescendo ao sabor de uma realidade distorcida. Até que um dia, ao ouvir o testemunho chocante de uma rapariga, descobre que, afinal, não é só o Muro que tem um outro lado.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

AUTORES NACIONAIS | FERNANDO PINTO DO AMARAL

Fernando Pinto do Amaral nasceu em Lisboa, em 1960. Frequentou a Faculdade de Medicina, mas abandonou o curso, vindo a licenciar-se em Línguas e Literaturas Modernas, concluindo o Mestrado e o Doutoramento em Literatura Portuguesa. Professor da Faculdade de Letras de Lisboa, foi Comissário do Plano Nacional de Leitura entre 2009 e 2017.
Publicou doze livros de poesia, três volumes de ensaio e traduziu poemas de Baudelaire, Verlaine, Jorge Luis Borges e Gabriela Mistral. Prefaciou edições de poesia de Camões, Bocage, Antero de Quental, Cesário Verde, Ruy Cinatti, Tomaz Kim e Luís Miguel Nava, entre outros.
Integra, desde 1996, o Conselho Editorial da revista Relâmpago. Foi comissário da exposição 100 Livros do Século (CCB, 1998), tendo igualmente comissariado as presenças portuguesas na Feira do Livro de Frankfurt em 1998 e 1999, bem como no Salão do Livro de Genebra em 2001 e na LIBER – Feira do Livro de Barcelona em 2002. Publicou ainda o álbum 100 Livros Portugueses do Século XX (Instituto Camões, 2002), três livros para crianças, o volume de contos Área de Serviço e Outras Histórias de Amor (2006) e o romance O Segredo de Leonardo Volpi (2009). O seu «Fado da Saudade», cantado por Carlos do Carmo, recebeu em Espanha o Prémio Goya para melhor canção original em 2008.
 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

CONTOS SUICIDAS, de FERNANDO PINTO DO AMARAL | DOM QUIXOTE


O que faz com que amemos a morte? Porquê a opção do suicídio? Que força ou que fraqueza leva certas pessoas a esse gesto sem retorno?

Ao longo destas 17 narrativas, Fernando Pinto do Amaral não responde a tais perguntas, mas convida-nos a acompanhar uma estranha galeria de personagens de que fazem parte alguns e algumas suicidas, mas também outras criaturas que, embora sem pensar no suicídio, parecem sempre à beira dos limites, desde um jovem actor revoltado contra o sistema até uma cardiologista que alivia o sofrimento de um paciente, passando por um incendiário beirão, uma jogadora compulsiva, um ex-mafioso nascido em Tavira ou uma avó e uma neta deprimidas numa Noite de Natal.

Ao ler estes contos, percebemos que cada uma destas personagens talvez procure apenas um sentido para as suas vidas - ainda que tal sentido seja a morte.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

AUTORES NACIONAIS | FILIPA JARDIM DA SILVA

Filipa Jardim da Silva, nascida na ilha da Madeira, formou-se em Psicologia Clínica pelo ISPA, sendo membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses e formadora certificada.
É fundadora, CEO e diretora clínica da Transformar, onde se promove o valor da cooperação entre dezenas de profissionais de saúde de várias áreas, com vista à promoção de um paradigma de saúde integrada e preventiva. Seja online, seja presencialmente, em Lisboa ou no Porto, seja com pessoas individuais, seja com empresas, a missão é a mesma: fomentar literacia em saúde e maiores níveis de autocuidado e de bem-estar psicológico. Além de psicóloga, autora e palestrante, é gestora e tornou-se líder sem perder a ferramenta mais importante de todas: o coração.
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

SÍNDROME DA IMPOSTORA, de FILIPA JARDIM DA SILVA | PLANETA

Sentes que, por mais que tentes, nunca é suficiente? Carregas o peso da culpa e da vergonha? Há uma voz dentro de ti que insiste que não és boa o suficiente? Tens dificuldade em celebrar as tuas conquistas ou aceitar elogios? Questionas constantemente as tuas competências, como se fosse apenas uma questão de tempo até que todos descubram que és uma fraude?

Se respondeste sim a uma destas perguntas, é provável que estejas a lutar contra a síndrome do impostor, mas não te preocupes, não estás sozinha; milhões de pessoas em todo o mundo partilham este fardo silencioso.

A psicóloga Filipa Jardim da Silva, fundadora e CEO da Academia Transformar, explica-te ao longo destas páginas o que é esta síndrome, que tipos de impostor existem, quais as suas causas e que consequências traz para a nossa vida social, profissional e familiar, afetando nomeadamente a nossa autoestima e confiança.

Com relatos reais, ferramentas práticas e exercícios de autoconhecimento, este livro oferece-te um guia para parares de te autossabotar e finalmente agires com confiança. Em cada capítulo, a autora desafia-te a ultrapassares as tuas dúvidas, a venceres as tuas inseguranças, a desenvolveres uma confiança inquebrável e a tomares as rédeas da tua vida.

Se queres viver com mais confiança e autenticidade, este livro é para ti. Dá o primeiro passo - está na hora de abraçares o teu valor e caminhares com coragem em direção a uma nova versão de ti mesma.

Inclui perguntas de reflexão, exercícios, meditações, orações e as palavras dos mestres espirituais.
 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

AUTORES INTERNACIONAIS | MARCELO RUBENS PAIVA

Marcelo Rubens Paiva nasceu em 1959, em São Paulo. É escritor, dramaturgo e jornalista. O seu primeiro livro, Feliz ano velho, foi publicado em 1982 e recebeu o Prémio Jabuti de Literatura – Autor Revelação. A seguir, lançou, entre outros, os romances Blecaute (1986), Não és tu, Brasil (1996), Malu de bicicleta (2003), A segunda vez que te conheci (2008) e, mais recentemente, Do começo ao fim (2022). Vive e trabalha em São Paulo.
 

domingo, 9 de fevereiro de 2025

O CASAMENTO PERFEITO, de JENEVA ROSE | SAÍDA DE EMERGÊNCIA

 

Defenderia o seu marido se ele fosse acusado de matar a amante?

Sarah Morgan é uma poderosa e bem-sucedida advogada de defesa em Washington. Aos trinta e três anos, foi nomeada sócia na firma onde trabalha e a sua vida segue o rumo que ela planeou.

O mesmo não se pode dizer de Adam, o seu marido, um escritor em dificuldades que tem pouco sucesso na carreira. Para piorar, está a ficar cansado da relação com Sarah, que apenas pensa no trabalho.

Numa floresta isolada, onde têm uma casa de férias, Adam envolve-se, apaixonadamente, com Kelly Summers. Até que, numa manhã, tudo muda. Adam é detido pelo homicídio de Kelly, que foi encontrada esfaqueada na casa dos Morgan.

De repente, Sarah fica numa situação impossível: abandonar ou aceitar defender o seu marido? E Adam, será culpado ou inocente?

Críticas
«Jeneva Rose é a rainha das reviravoltas.»
Colleen Hoover

sábado, 8 de fevereiro de 2025

AUTORES INTERNACIONAIS | HAN KANG

Prémio Nobel da Literatura 2024

Han Kang nasceu em Gwangju, na Coreia do Sul. Em 1994 começou a sua carreira de escritora vencendo o primeiro lugar de um concurso literário em Seul. A Vegetariana (2016), o seu primeiro romance publicado pela Dom Quixote, ganhou o Man Booker International Prize em 2016. Atos Humanos (2017) venceu o Prémio Manhae na Coreia do Sul e o Prémio Malaparte em Itália. A obra seguinte, O Livro Branco (2019), foi finalista do Man Booker International Prize 2018. Publicou ainda Lições de Grego (2023) e, em 2025, Despedidas Impossíveis, que venceu na edição francesa o Prémio Médicis 2023, na categoria de romance estrangeiro.
Han Kang recebeu igualmente os prémios literários Yi Sang, Jovens Criadores, Melhor Romance da Coreia, Hwang Sun-won e Dongri. E, «pela sua intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana», foi galardoada com o Prémio Nobel de Literatura em 2024.
Foi professora no Departamento de Escrita Criativa do Instituto das Artes de Seul e dedica-se atualmente apenas à escrita. Está publicada em mais de trinta línguas. Mora em Seul.
 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

DESPEDIDAS IMPOSSÍVEIS, de HAN KANG | DOM QUIXOTE


Numa manhã gelada de dezembro, Kyungha recebe uma mensagem da sua amiga Inseon -internada num hospital de Seul na sequência de um ferimento grave a cortar madeira - pedindo-lhe que a visite urgentemente. Quando Kyungha chega à enfermaria, Inseon conta-lhe que veio de avião da ilha de Jeju para ser tratada urgentemente e implora-lhe que vá a sua casa dar de comer e beber ao seu periquito, que de contrário morrerá.

Uma tempestade de neve fustiga a ilha à chegada de Kyungha e muitos dos autocarros foram cancelados ou sofreram atrasos. As rajadas de vento e o nevão constante não a deixam avançar e de repente a escuridão invade tudo. Kyungha não sabe se chegará a tempo de salvar a ave - nem mesmo se sobreviverá ao frio tremendo daquela noite; e não sabe também a vertigem que a aguarda em casa da amiga, onde a história há muito sepultada da família de Inseon acaba por revelar-se, em sonhos e memórias transmitidas de mãe para filha e num arquivo diligentemente organizado que documenta um terrível massacre ocorrido em Jeju.

Despedidas Impossíveis é um hino à amizade, uma elegia à imaginação e, acima de tudo, um poderoso manifesto contra o esquecimento. Como um longo sonho de inverno, estas páginas belíssimas formam muito mais do que um romance - iluminam uma memória traumática, enterrada ao longo de décadas, que ainda hoje ecoa no peito de muitas famílias. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

AUTORES INTERNACIONAIS | EDITH EGER

Edith Eger nasceu na Hungria e era apenas uma adolescente quando foi enviada para Auschwitz, em 1944. Atualmente tem uma clínica de psicologia em La Jolla, na Califórnia, trabalha na Universidade da Califórnia, em San Diego, e dá palestras regularmente nos Estados Unidos e por todo o mundo. Trabalha igualmente como consultora para o exército e marinha dos EUA, em treino de resistência e tratamento de distúrbio de stresse pós-traumático. Edith Eger foi eleita Professora de Psicologia do Ano (1972), Mulher do Ano em El Paso (1978) e recebeu um Prémio Humanitário do Senado do Estado da Califórnia (1992).
Pode consultar a página da autora em www.dreditheger.com.
 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

A BAILARINA DE AUSCHWITZ, de EDITH EGER | DESASSOSSEGO


Em 1944, Edith era uma bailarina de 16 anos que foi enviada para Auschwitz e sofreu experiências inimagináveis. Quando finalmente libertaram o campo, a jovem foi retirada de uma pilha de corpos, praticamente sem vida.

Neste livro, a reconhecida terapeuta Edith Eger, autora do bestseller internacional A Bailarina de Auschwitz, revive as suas experiências da guerra num relato profundamente pessoal, através dos olhos e emoções do seu eu adolescente. Ao reescrever a sua comovente narrativa, mostra aos leitores o lado mais profundo das suas experiências, oferecendo uma mensagem emocionante de esperança e resiliência que não deixará ninguém indiferente.

Críticas de imprensa
«Não consigo imaginar uma mensagem mais importante para os tempos modernos.»
The New York Times Book Review

Nota do autor
«Não podemos mudar o que nos aconteceu. Não podemos alterar o passado. Mas podemos escolher como vivemos agora. Podemos escolher quem e como amar. Podemos escolher ser livres.»
Edith Eger

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

AUTORES INTERNACIONAIS | L.J. SHEN


 L.J. Shen é uma autora bestseller com livros traduzidos em mais de vinte línguas. Foi três vezes finalista do prémio Goodreads na categoria Melhor Romance. Estudou Política, Economia e Filosofia, e vive atualmente na Califórnia com o marido e os filhos. Faz escolhas excêntricas de moda, gosta de bom vinho, maus reality shows televisivos e de apanhar sol com o seu gato preguiçoso.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

O LADRÃO DE BEIJOS, de L.J. SHEN | CHÁ DAS CINCO

«Roubaste-me o meu primeiro beijo, e, por isso, a vida inteira.»
Francesca Rossi é uma princesa da máfia. Filha de um dos mais influentes homens de Chicago, sabe que tem o seu futuro traçado: um casamento arranjado com Angelo, que pertence a uma família criminosa e é a sua paixão de infância. No entanto, como a jovem descobrirá, os planos definidos ao pormenor podem esfumar-se apenas com um beijo…

Wolfe Keaton, senador e advogado implacável, tem apenas um objetivo: a vingança. E pretende usar Francesca como peão no jogo de xadrez que o coloca contra o pai da jovem, não hesitando em utilizar todos os meios para casar com a única herdeira da família Rossi.

Com o seu mundo a desabar, Francesca terá de lidar com um homem que representa tudo o que ela despreza. Mas como irá rapidamente perceber, a máscara de cinismo e antipatia esconde um ladrão que não lhe roubou apenas o primeiro beijo… mas também o seu coração.
 

domingo, 2 de fevereiro de 2025


 A guerra entre Absolutistas e Liberais está ao rubro quando Vicente Maria Sarmento retorna a Chão de Couce, após receber a notícia da morte do pai. Mas esse regresso tem um sabor duplamente amargo; em Lisboa, onde viveu os últimos anos, Vicente Maria pertenceu a um bando de salteadores e esteve preso no Limoeiro, donde só saiu por obra e graça dos malhados, que assaltaram a cadeia para libertar os partidários de D. Pedro. Antes de seguir para a casa da mãe, para sossego do corpo e do espírito, Vicente Maria dirige-se para a Venda do Negro, acabando a noite nos braços da puta Tomásia, que nunca esqueceu e a quem promete casamento e vida honesta.

Contudo, o seu regresso reacende na vila antigos ódios e paixões e os seus inimigos estragam-lhe os planos. Não lhe resta, pois, senão juntar-se a um novo grupo de bandidos, esperando que as pilhagens lhe rendam o bastante para se pôr a milhas dali com a amada. Quem também se vê em apuros é D. Miguel, atacado por todos os lados, a quem as vénias dos corcundas já de nada servem. Projectado o assalto a uma família de fidalgos ricos em viagem, é numa curva da estrada que o bando intercepta uma carruagem, sem saber que os destinos de Portugal se jogam nesse preciso instante. E é pela ousadia de Vicente Maria que, afinal, se alterará o rumo da História, embora os livros injustamente o omitam.

Com uma linguagem poderosa e um humor digno da melhor literatura picaresca, o presente romance é uma homenagem aos heróis anónimos que ajudaram a construir as respectivas nações e um fresco sublime das lutas liberais.